JUSTIÇA

Mãe que jogou filho no lixo consegue liberdade provisória

Por Guilherme Renan | Especial para a Folha da Região
| Tempo de leitura: 2 min
Guilherme Renan/ Folha da Região
Local onde a criança foi deixada
Local onde a criança foi deixada

A mãe de 34 anos, acusada de jogar o próprio filho no lixo em Birigui teve sua liberdade provisória decretada nesta quarta-feira (5) por um magistrado plantonista. Segundo a decisão, a mulher é ré primária, não apresenta risco de fuga e, aparentemente, não há indícios de que possa interferir nas investigações. O juiz também determinou que a acusada passe por uma avaliação de saúde mental durante o andamento do inquérito.

Na noite da última terça-feira (4), o delegado plantonista, Dr. Rodolfo Freschi Bertolo, responsável pelo registro da ocorrência, havia decretado a prisão em flagrante da mulher. Ele solicitou ao Ministério Público (MP) e ao Judiciário a conversão da prisão em preventiva, argumentando que o crime foi cometido contra um recém-nascido altamente vulnerável e que a autora era a própria mãe.

O delegado também alertou sobre o risco de a acusada tentar intimidar testemunhas e moradores do bairro onde reside, além da possibilidade de um novo atentado contra a criança, pois, em depoimentos, a mulher demonstrou rejeição tanto pela gestação quanto pelo bebê. Ainda segundo o delegado, a repercussão do caso na cidade aumentava o risco de fuga.

A Promotoria de Justiça também se manifestou favorável à conversão da prisão em preventiva, mas o pedido não foi acatado pelo juiz. Como condição para a liberdade provisória, a mulher deverá se apresentar em juízo a cada dois meses, informando suas atividades e seu endereço atualizado. Além disso, está proibida de deixar a comarca por mais de sete dias sem autorização judicial.

Atualmente, a acusada segue internada na Santa Casa de Birigui junto com o pequeno Miguel, sem previsão de alta médica. A assessoria do hospital informou que, assim que a mulher receber alta, será apresentada à Justiça para cumprimento das determinações impostas.

O Ministério Público avalia a possibilidade de recorrer da decisão do magistrado, buscando reverter a concessão da liberdade provisória e garantir a prisão preventiva da acusada.

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