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Maioria do STF valida plano para emendas parlamentares

Por Ana Pompeu | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Marcello Casal Jr/Age?ncia Brasil
Dino deu aval à proposta do Legislativo na última quarta-feira (26).
Dino deu aval à proposta do Legislativo na última quarta-feira (26).

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria nesta sexta-feira (28) para manter a decisão do ministro Flávio Dino que homologou o plano de trabalho apresentado pelo Congresso Nacional para dar mais transparência às emendas parlamentares.

Leia mais: Dino manda governo explicar se emendas Pix cumprem regras

Além de Dino, votaram para confirmar esse entendimento Luís Roberto Barroso (presidente), Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin e Cármen Lúcia. Ainda faltam se manifestar Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Luiz Fux e André Mendonça.

Dino deu aval à proposta do Legislativo na última quarta-feira (26) e submeteu a decisão para análise do plenário da corte, em votação no plenário virtual. O julgamento teve início à 0h desta sexta e segue até as 23h59 da próxima quarta (5).

Ainda que tenha liberado a execução das emendas referentes ao Orçamento de 2025, bem como as relativas a exercícios anteriores, Dino manteve ressalvas impostas anteriormente, como as suspensões referentes às ONGs e entidades do terceiro setor.

Dino, na decisão da quarta-feira, deu novos recados ao Congresso sobre o tema. Ele declarou que mais diálogos serão necessários para lidar com todas as questões ainda existentes e que os inquéritos e ações judiciais em andamento sobre casos de uso irregular da verba serão mantidas, "a fim de que as sanções correspondentes sejam aplicadas".

O relator deixou clara a exigência de que as transferências diretas para Estados e municípios, popularmente chamadas de emendas Pix, só sejam pagas com apresentação de planos de trabalho.

Além disso, reforçou a determinação de que as emendas ao Orçamento não poderão crescer em ritmo superior ao do arcabouço fiscal, das despesas discricionárias do governo ou a variação da receita corrente líquida.

Ele ressaltou que a homologação do acordo não é definitiva e que continuará atento para que o acordo seja cumprido. Também deu prazo até 30 de maio para que o Congresso preste novas informações sobre o andamento dos ajustes técnicos e legislativos prometidos num plano de trabalho.

"O plano de trabalho em foco oferece um caminho de aprimoramento institucional para o Estado brasileiro, mas não encerra o debate, com suas naturais controvérsias", afirmou o ministro na decisão.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), comemorou a homologação do plano apresentado pelo Congresso. Disse que é resultado de diálogo entre os Poderes e do "reconhecimento das prerrogativas parlamentares".

"A decisão do ministro Flávio Dino, de aprovar o plano de trabalho das emendas, é resultado dos esforços do Legislativo em dialogar com os demais Poderes. É também um reconhecimento das prerrogativas dos parlamentares", disse no X, antigo Twitter.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), manteve a mesma linha de Motta, exaltando um "importante resultado para o Brasil".

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