Nasir Masih blasfemou! E morreu, ou mais precisamente, foi morto por conta dessa transgressão. O fato ocorreu recentemente – o sr. Masih foi declarado morto no dia 3 de junho, 2024 – na cidade de Sargodha, no Paquistão. De acordo com confiáveis fontes, o sr. Masih, um empresário cristão, em seus 70 anos, foi agredido por uma multidão muçulmana – a religião predominante no Paquistão – por ter, supostamente, feito comentários ofensivos contra a religião da maioria. O ato ofensivo foi imediata e ruidosamente divulgado, atiçando os fiéis contra o blasfemo cristã. Ninguém se preocupou em verificar a veracidade da denúncia. O idoso foi brutalmente agredido e acabou morrendo em consequência dos ferimentos sofridos.
Mentiras matam! Plena razão tinha o Senhor Jesus Cristo ao classificar a mentira como a mais diabólica ferramenta. A literatura bíblica apresenta Satanás, como o principal inimigo da humanidade justamente pela habilidade de criar confusões e divisões instigadas por astutas distorções. A primitiva desordem deu-se em consequência de uma arguta insinuação: o acesso à fruta proibida conferiria ao casal real possibilidade de conquista de independência e, como consequência, de assenhorear-se no poder. Enganados, os primeiros pais acederam. A original harmonia e candura foi imediatamente substituída pela divisão e desconfiança. Desde então, o astuto Satanás vem fazendo escola, aliciando novos e numerosos adeptos, aperfeiçoando métodos e desenvolvendo aptas plataformas a serviço da mentira e da divisão, alimentando desconfianças e açulando ódios. Incomensurável é o sofrimento provocado calúnias. É deveras diabólico o recurso intencional à mentira. Maquiavélica é a adoção sistemática de plantar infundadas suspeitas. Carreiras são implodidas por levianas acusações. Amores acabam desfeitos por maldosos comentários. Famílias ruem por conta de infames insinuações. Lamentavelmente, o letal veneno da camuflada falsidade contamina também as organizações religiosas, provocando descrédito e espalhando desencanto. Preciso foi o Mestre Jesus ao classificar como agente de Satanás o sujeito que intencional e dolosamente se dedica a difundir inverdades e se delicia ao espalhar maldosas insinuações. Não há perdão para tão infame conduta, sentenciou categoricamente o Rabi.
Dura, igualmente, e peremptória foi a sentença pronunciada contra a infame serpente: sua cabeça será definitivamente esmagada. O fim do reino da divisão e do ódio, como também do seu infernal patrono, está inapelavelmente decretado. A mentira, e seus autores, carregam data de vencimento. Alvissareira profecia! Emerge a precípua tarefa do discípulo de Jesus Cristo, ser destemido apóstolo da verdade, determinado agente da cultura da aproximação, talentoso arquiteto de pontes que unem margens e vencem fendas. A enredada mentira matou o sr. Masih. Esmaga-se logo a cabeça do espírito do mal!
Padre Charles Borg é vigário-geral da Diocese de Araçatuba
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