OPERAÇÃO HOSPEDAGEM

Mulher é presa em Lavínia por tráfico de drogas envolvendo hotel

Por Priscilla Andrade | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Nilva Cristina Tercariol recebeu voz de prisão por associação ao tráfico de drogas e outros crimes desta natureza; mulher segue presa em Tupi Paulista
Nilva Cristina Tercariol recebeu voz de prisão por associação ao tráfico de drogas e outros crimes desta natureza; mulher segue presa em Tupi Paulista

O trabalho de investigação da Polícia Civil de Lavínia, em coordenação conjunta dos delegados Thiago Barroca e Talita N. Araújo, mirou em um esquema de tráfico de drogas que acontecia na ‘cara dura’ na cidade, a cerca de 70 km de Araçatuba.

Na manhã desta quarta-feira, 15, por volta das 11h20, Nilva Cristina Tercariol, 57 anos, foi presa em casa. Ela é apontada por chefiar uma associação criminosa que praticava tráfico de drogas em Lavínia. A prisão é um desdobramento da Operação Hospedagem, que investiga desde o segundo semestre do ano passado ações criminosas de um grupo de mulheres – em sua maioria – que não apenas comandava o tráfico de drogas na cidade, mas também recrutava mulheres para o crime.

Serviço de hotel e drogas
A reportagem apurou que a investigação começou em Lavínia após denúncias de que um hotel, localizado no centro da cidade, servia de QG do esquema. Segundo as investigações, Nilva, que é proprietária do local, alugava os quartos para os hóspedes, que em sua maioria era população flutuante que chegava na cidade para visitar os presos.

A dona da pousada teria começado então a recrutar mulheres para que entrassem nas penitenciárias com as drogas. O trabalho da polícia revelou que a investigada percebeu que poderia se valer desse tipo de hospedagem para lucrar, e em algumas situações oferecia o serviço de hotel de graça em troca dos ‘serviços’ de tráfico, que englobava não apenas mulheres, mas usuários da cidade, que faziam a venda e chegavam a levar drogas para os hóspedes. Pessoas treinadas pela dona do hotel tentavam entrar com os entorpecentes nas unidades prisionais.

A Folha da Região/Sampi acompanhou na época a deflagração desta operação, que reuniu mais de 70 agentes, entre policiais civis e militares. Em outubro, Nílvia, o alvo da operação, assim como outras mulheres que participavam do esquema e do principal fornecedor das drogas, foram presos. Destes, apenas Nílvia, foi solta após pagar fiança. Naquela fase da operação, ela foi presa porque na casa em que a polícia cumpriu o mandado de busca e apreensão, foram encontradas três armas. No caso de uma delas foi possível identificar o proprietário, Salvador Cazuo Matsunaka, prefeito de Lavínia. Todos os envolvidos apontados pela investigação, continuaram presos. Nílvia conseguiu a liberdade após pagar fiança e responderia o processo em liberdade.

A situação mudou, nesta quarta-feira, oito meses depois, quando a Justiça da 1ª Vara de Mirandópolis decretou a prisão preventiva da investigada. Ela recebeu voz de prisão em casa por tráfico, associação ao tráfico e extorsão. Acompanhada por sua advogada, a mulher não quis conversar com a imprensa.

A dona do hotel passou pelo IML e após prestar depoimento acompanhada de sua advogada, seguiu para Tupi Paulista onde permanece à disposição da Justiça na penitenciária feminina da cidade.

Prefeitura
A reportagem da Folha da Região/Sampi procurou a prefeitura de Lavínia para tentar entender o reflexo deste caso que envolve o nome do prefeito. Por telefone, o setor jurídico disse que não iria se pronunciar.

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