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Unicamp quer maior interação com setor privado no desenvolvimento de pesquisas

Reitor destacou a necessidade de superar a desconfiança geral em relação às parcerias entre universidades públicas e empresas.

Por Flávio Paradella | 24/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para a Sampi Campinas

Divulgação/Unicamp

Antonio José de Almeida Meirelles enfatizou a importância de estabelecer marcos legais que garantam a segurança na relação entre universidade e empresa
Antonio José de Almeida Meirelles enfatizou a importância de estabelecer marcos legais que garantam a segurança na relação entre universidade e empresa

O reitor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Antonio José de Almeida Meirelles, enfatizou a importância de estabelecer marcos legais que garantam a segurança na relação entre universidade e empresa no desenvolvimento de pesquisas. Segundo ele, essa questão se destaca como uma das principais restrições na interação entre esses setores.

Durante um evento preparatório para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado na sede da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em São Paulo, Meirelles destacou a necessidade de superar a desconfiança geral em relação às parcerias entre universidades públicas e empresas. “O desafio é criar uma relação que não gere tanta desconfiança, porque, basicamente, o padrão atual no nosso país é o de que qualquer relação da universidade pública com empresa é vista com desconfiança”, disse o reitor.

“E isso é um problema grave, porque a universidade pública não consegue produzir inovação sem relação com o mundo corporativo, com o mundo das pequenas, médias e grandes empresas”, afirmou ele, durante a participação na mesa, cujo tema foi “A perspectiva das Universidades/institutos e a colaboração em pesquisa com as empresas”. A coordenação da mesa foi do empresário Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho Superior de Inovação e Competitividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Ele ressaltou que as universidades públicas não conseguem promover a inovação de forma eficaz sem estabelecer relações sólidas com o setor corporativo, incluindo empresas de todos os portes. A Unicamp, por exemplo, tem uma longa tradição de colaboração com o setor privado em diversos campos, como petróleo, transição energética, biomassa, fármacos, saúde, agricultura digital e inteligência artificial.

Um dos projetos destacados por Meirelles foi o plano de implantação do HIDS (Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável), uma área adjacente ao campus de Barão Geraldo, em Campinas, que será transformada em um distrito inteligente. O HIDS visa criar um centro de desenvolvimento sustentável de alcance global, onde moradias conviverão com empresas de tecnologia em espaços urbanos sustentáveis.

Meirelles também mencionou a Inova, Agência de Inovação da Unicamp, criada em 2003, que estabelece uma rede de relacionamentos entre a Universidade e a sociedade para impulsionar atividades de pesquisa e ensino. Atualmente, a Inova conta com 1.387 empresas cadastradas, além de 1.298 patentes vigentes, ocupando o terceiro lugar entre as universidades brasileiras nesse aspecto.

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