ENERGIA

Hyundai quer usar Piracicaba para testes de veículos movidos a hidrogênio

Uso de hidrogênio como combustível é tendência em todo o mundo para substituir combustíveis fósseis; Hyundai vai investir R$ 5,5 bilhões em Piracicaba

Por Roberto Gardinalli | 07/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
roberto.gardinalli@jpjornal.com.br

Roberto Gardinalli/JP

O presidente para a América Latina e Sul da Hyundai, Airton Cousseau, afirmou, durante evento de lançamento da nova linha da montadora, realizado na noite da última quarta-feira (6), em São Paulo, que quer utilizar a planta de Piracicaba para fazer os testes das novas tecnologias verdes e hidrogênio da marca. No último dia 22 de fevereiro, foi anunciado que a montadora vai investir R$ 5,5 bilhões na unidade de Piracicaba para as pesquisas.

O hidrogênio vem sendo estudado pela indústria automotriz como alternativa de combustível mais eficiente e com baixa emissão de gás carbônico. “A gente ainda não tem dividido, mas grande parte dos recursos que vamos fazer a nível de investimento no Brasil vai ser em novas tecnologias. O hidrogênio é a energia mais limpa que existe”, disse. O investimento no Brasil, segundo Cousseau, é por conta da disponibilidade de etanol de segunda geração, que é utilizado na produção do hidrogênio.

A USP deu início, ainda em 2023, a um projeto piloto de produção de hidrogênio a partir do etanol com o uso de um reformador, que transforma o combustível no hidrogênio utilizado nos veículos. A ideia da Hyundai, é, também, instalar um reformador na fábrica de Piracicaba para que os estudos com os veículos da marca possam ser realizados. “O hidrogênio tem seus problemas também. Produção, transporte, armazenagem, é um pouco complicado. Hoje o reformador que a USP está testando tem capacidade para produzir 5 kg de hidrogênio por hora”, afirmou. “Mas já temos transformadores de 500 kg por hora. Esses são estáticos, que você pode usar em plantas. Aliás, eu estou empurrando para ter um lá em Piracicaba, para a gente usar para fazer os testes. Se a gente conseguir fazer isso, a gente vai resolver um grande problema. Não vai precisar transportar hidrogênio, nem produzir, nem armazenar”, finalizou Airton Cousseau.

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