O site do Climatempo divulgou neste sábado, 18, que o número de pessoas que podem morrer devido ao calor extremo deve aumentar cinco vezes nas próximas décadas.
Segundo um estudo elaborado por 114 cientistas de 52 centros de pesquisa e agências da Organização das Nações Unidas (ONU), publicado na revista The Lancet, em média, os habitantes do planeta foram expostos a 86 dias de temperaturas potencialmente fatais em 2022 e o número de pessoas com mais de 65 anos que morreram vítimas do calor aumentou 85% no período 2013-2022 em comparação com 1991-2000. Só a Alemanha registrou 3 mil mortes por calor neste ano.
De acordo com as estimativas, 2023 será o ano mais quente registrado na história da humanidade. O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), órgão da União Europeia, declarou que outubro foi o mais quente de que se tem registro até agora.
"Os efeitos observados atualmente podem ser apenas um sintoma precoce de um futuro muito perigoso", disse Marina Romanello, diretora-executiva do estudo publicado na The Lancet.
Ainda segundo o instituto, no documento, os cientistas destacam que o calor é apenas um dos fatores climáticos que podem contribuir para o aumento da mortalidade. Quase 520 milhões de pessoas a mais devem ainda enfrentar uma situação de insegurança alimentar moderada ou grave entre 2041 e 2060 por causa das mudanças climáticas, segundo as projeções.
E as doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%.
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