A Secretaria de Saúde de Penápolis recebeu o prêmio 'Luiza Matida' após extinguir a contaminação do vírus HIV e sífilis de mãe para filho nas gestantes atendidas na rede pública do município. A premiação foi entregue no dia 25 de outubro, pelo Programa Estadual de IST/Aids de São Paulo durante a 8ª Semana Paulista de Mobilização contra Sífilis e Sífilis Congênita.
Dos 645 municípios do estado de São Paulo, 263 receberam prêmios. Porém, somente 30 cidades, incluindo Penápolis, foram contempladas pela eliminação da transmissão do HIV e Sífilis Congênita nos recém-nascidos de mãe portadora do vírus.
As gestantes com diagnóstico positivo são atendidas na rede de saúde pública do município, onde é oferecido atendimento especializado e humanizado desde o período Pré-Natal nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Também são acompanhadas no Ambulatório de IST/AIDS, onde recebem medicamentos antirretrovirais cedidos pelo Ministério da Saúde.
Com o tratamento adequado, é possível manter a carga viral da mãe indetectável durante toda gestação. Durante o parto e puerpério, o protocolo de transmissão vertical é seguido pelos profissionais da Santa Casa de Penápolis e acompanhado pela Comissão de Mortalidade Infantil e Crianças Expostas daquela unidade.
O acompanhamento e tratamento das crianças são realizados até os 18 meses de idade, pois quando nascem apresentam sorologia positiva e até os 12 meses negativam. Atualmente, a cidade acompanha oito crianças dos municípios que compõem o Consórcio Intermunicipal da Microrregião de Penápolis.
Prêmio
O Prêmio Luiza Matida, concedido pelo Programa Estadual de IST/Aids de São Paulo, presta homenagem à médica pediatra e sanitarista que lutou pela eliminação da transmissão vertical da sífilis e do HIV. A profissional coordenou campanhas e a implantação de políticas públicas para evitar a transmissão vertical do HIV e da sífilis da mãe para o filho durante todo o processo gestacional.
Luiza Matida esteve à frente de pesquisas que contribuíram para o sucesso das respostas, nacional e paulista, na redução da transmissão vertical do HIV. Determinada e persistente em seus objetivos e ideais, Luiza não se conformava com a notificação de casos de transmissão vertical da sífilis e HIV no estado de São Paulo. Em 2013, em parceria com a Agência Japonesa Jica, fez parte de um grupo técnico para qualificação e fortalecimento da resposta moçambicana ao HIV/AIDS. A médica faleceu em 2014.
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