OPINIÃO

Fazer o bem

Leia o artigo de Ayne Regina Gonçalves Salviano, jornalista, mestre em Comunicação e Semiótica e gestora educacional.

Por Ayne Regina Gonçalves Salviano | 21/10/2023 | Tempo de leitura: 3 min
especial para a Folha da Região

O mundo anda complicado. Como já cantou Caetano Veloso, “o mundo está fora de ordem”. Guerra no Sudão. Guerra na Ucrânia. Terrorismo do Hamas. Guerra na Faixa de Gaza. Israel matando civis inocentes, mais de 1.500 eram crianças.

Seca na Amazônia, miséria, fome, doenças. Inundações nos estados do sul do Brasil, destruição, devastação. Aumento da violência nas cidades. Novas drogas que fazem de pessoas, zumbis. Está tão difícil assistir ao noticiário que para manter a sanidade mental é preciso criar uma blindagem.

Minha proposta é que essa blindagem seja fazer o bem. “O bem vence o mal, espanta o temporal...o fraco fica forte”, já cantava uma personagem de desenho animado. E fazer o bem é muito simples.

Sabe aquele lacre das latas de alumínio? Se você juntar todos em uma garrafa pet e entregar na instituição certa, isso se transforma em dinheiro que pode ajudar em várias situações, inclusive comprando cadeiras de rodas para necessitados. Sua parte é apenas descartar esse lixo reciclável corretamente, ajudando na sobrevida do planeta e da humanidade. Sabe quanto tempo demora para o alumínio se desintegrar na natureza? Mais de 1 mil anos!

Sabe aquelas tampas plásticas de garrafa pet, produtos de beleza e limpeza? Se você juntar todas em uma sacola e entregar na instituição certa, isso também se transforma em dinheiro. Só para citar um exemplo, no Hospital de Amor de Jales os recursos arrecadados com essas doações se transformam em alimentação para acompanhantes dos pacientes, compra de equipamentos para o hospital e até para a ampliação de leitos para maior número de atendimentos diários.

Não pode levar as tampinhas até Jales? Não se preocupe. Em Araçatuba, a franquia Damásio Educacional faz esse transporte até Jales. Se você entregar na rua Coroados, 419, no bairro São João, as tampinhas chegarão ao destino certo.

Sabe aquelas roupas e calçados que você não usa mais? Todas as peças em bom estado de conservação podem ser destinadas a brechós, locais cada vez mais em moda porque promovem a economia circular e principalmente a preservação do planeta. Para quem não sabe, o deserto do Atacama, no Chile, está se transformando em um lixão de roupas usadas. São mais de 60 mil toneladas despejadas lá por ano numa extensão tão absurda que a sujeira já pode ser observada do espaço.

E se você não quiser revender as suas peças de roupas e calçados aos brechós, é possível doá-los para bazares beneficentes de várias instituições ou nas campanhas do agasalho promovidos pelo Estado e municípios. Só não vale ficar acumulando coisas em casa que nunca mais serão usadas enquanto tantas pessoas estão passando por necessidades.

E ainda que você não tenha nenhum objeto para doar, você pode doar seu tempo e seu trabalho de forma gratuita para promover o bem. No Hospital de Amor de Jales, por exemplo, há voluntários que preparam os lanches dos acompanhantes dos pacientes, outros tocam e cantam pelos corredores para animar as manhãs, outros distribuem livros nas salas de espera, sempre há como ajudar.

Há tantas formas simples de fazer o bem que um artigo só não tem espaço para tantas ideias. Mas uma coisa é fato. Não resistiremos a tanto mal se não fizermos nada contra ele. Se não é possível parar guerras ou desastres naturais, é possível ler para doentes, gravar audiolivros para cegos, fazer companhia para idosos, dar de comer a quem tem fome pelas ruas.

Faça sozinho, associe-se a igrejas, clubes de serviço, mas faça. E faça logo. Não é apenas pelos outros. É para manter a humanidade.

Ayne Regina Gonçalves Salviano é jornalista, mestre em Comunicação e Semiótica e gestora educacional.

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