CRÔNICA

Minha Cintilografia

08/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Passada a pandemia do Covid19 eis que me atrevo conversar com meu médico clínico geral, Dr. Nelson Carvalhaes Neto, para solicitar pedido de exames para um “check up”, isto é, revisão geral dos exames clínicos e laboratoriais. A lista veio imensa e só não tive um infarto ao recebê-la porque já passei por dois, de natureza leve é certo, mas com necessárias instalações de 3 e 4 “stents”, respectivamente. 

Mesmo com esse passado comprometedor, imaginei, otimista que sou, que tiraria nota 10 em todos os exames. Mas, “qual o quê”, como diria minha avó. De fato os resultados nem foram assim ruins, pois fui aprovado com louvor nos exames laboratoriais de sangue e urina, sem nenhum desabono. Na ressonância de abdômen, salvo uma pedrisquinha na vesícula, todos os demais órgãos vizinhos apresentaram bom desempenho e, até quem sabe, merecedores de medalha de prata. Mesmo o ecocardiograma, que, confesso covardemente, me preocupava, foi extremamente favorável com a constatação de que as “paredes” do meu coração não foram demolidas com o passar dos anos. Estão lá, firmes e fortes! O Ultrassom das Carótidas recebeu aplausos eufóricos, consequência da cirurgia bem feita pelo meu outro médico especializado, Dr. Guilherme Bub, que alguns anos atrás retirou um “bifinho” de uma delas com amplo sucesso, pois a irrigação do sangue agora passamelhor que antes.

A Tomografia da cabeça, para conferir se meu cérebro estava em ordem, o que sempre e muito me preocupou dada sua desordem natural, saiu de bom tamanho, tendo o laudo técnico acusado problemas decorrentes do longo tempo de uso, para o bem ou para o mal, pouco importou. Fato é que, em matéria de miolos, estou razoavelmente equipado, pelo menos por ora.

O problema veio com a Cintilografia, exame de medicina nuclear que obtém imagens usando doses controladas de substância radioativa(êpa!). Sei lá porque, dividido em duas etapas. Na primeira, embora desgastante, o resultado não apresentou arritmias, problemas de pressão arterial ou “sintomas sugestivos de anormalidades cardiovasculares”(sic). Já na segunda o bicho pegou, pois o resultado apontou boa(?) “função ventricular esquerda global preservada”, mas com o “teste ergométrico sugestivo de isquemia”, o que causou pânico, levando-me a consultar também meu cardiologista geral, Dr Rolf Bub, que, aliás, vem ser o pai do Guilherme.

O já cansado leitor não tem nada a ver com essa estória toda, mas informo que os médicos –  o clínico e o cardiologista – em votação unânime, decidiram que terei que me submeter a uma “angiocinecoronariografia”(ôpa!).Mas isso é outra estória para contar depois, se eu puder... 

Jeremias Alves Pereira Filho

Sócio de Jeremias Alves Pereira Filho Advogados Associados; Especialista em Direito Empresarial e Professor Emérito da UPM-Universidade Presbiteriana Mackenzie.  Araçatubense nato.  

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