ARTIGO

PROVIDÊNCIA

07/09/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Orar faz bem! A prática da oração insere-se naturalmente na identidade do filho de Deus! Jesus, o Filho por excelência, rezava muito! E insistia com seus seguidores que também eles se dedicassem à prática da oração. Curiosamente, persistem dúvidas quanto à forma correta de orar! Seriamente inquietas e sinceramente desejosas de serem atendidas em suas necessidades, as pessoas querem conhecer fórmulas seguras e rituais confiáveis que lhes garantissem estarem orando direito. Esta situação de compreensível angústia cresce em dramaticidade, especialmente quando a intenção da oração é urgente ou de especial relevância na vida da pessoa ou na vida de algum familiar ou amigo próximo. É preciso, sim, aprender a orar!

Ora, ninguém melhor que o Mestre Jesus para ensinar a orar! Os evangelistas registram que Ele costumava recolher-se com frequência para orar. Emerge o primeiro e básico requisito na prática da oração, o recolhimento. É preciso parar para conversar com Deus. Sustar os ruídos exteriores, acalmar a mente. A este ritual se dá o nome de silêncio interior. É preciso prática, disciplina e perseverança para alcançar um nível razoável de silêncio interior. Pelos registros dos evangelhos, é possível perceber que, ao orar, mesmo em situações de extrema angústia, Jesus se revestia de confiança e de coragem. Salta outro fundamental requisito no ritual da oração. Com Jesus se aprende que orar é colocar-se em íntima comunhão com Deus. Por palavra e exemplos, Jesus ensina a tratar a Deus como Pai. O Mestre ensina que o clima fundamental a prevalecer na oração é de total e irrestrita confiança em Deus. É na condição de filho amado que se reza. Filhos diletos não necessitam de fórmulas para comover seus pais. Antes mesmo que a prece se formula nos lábios, o coração atento do genitor já conhece o pedido. Salta outro aspecto fundamental na prática da oração. Não se reza para induzir Deus a fazer a própria vontade. Ao contrário, se reza para conhecer a vontade do Pai providente, convicto que de que ele conhece melhor as verdadeiras necessidades do suplicante. Totalmente legitimo é apresentar a Deus as próprias necessidades, contudo que se compenetre estar na presença de Alguém que conhece e reconhece o suplicante como filho amado e querido. Ora-se de verdade quando se devota a escutar a voz de Deus, disposto a cumpri-la. Entende-se porque, na oração o Mestre encontrava inspiração e vigor!

O clima a marcar o ritual da oração, conforme indicado pelo Mestre Jesus, deve ser de filial ternura e confiante repouso. Palavras e protocolos perdem relevância em encontros de mútua comunhão. Prevalece a confiança. Sobressai a entrega! Orar é fechar os olhos e reconhecer-se envolvido pela ternura e benevolência de um Pai fiel e providente. Orar desanca e revigora!             

Padre Charles Borg é vigário-geral da Diocese de Araçatuba

Fale com a Folha da Região! Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção? Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Receba as notícias mais relevantes de Araçatuba e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.