Ingredientes
- 700 gramas de abóbora
- 1 xícara (chá) de trigo para quibe
- ½ xícara (chá) de azeite de oliva
- 1 cebola média
- Sal a gosto
- 1 colher (chá) de pimenta síria
- 1 xícara (chá) de folhas de hortelã picadas
- 1 xícara (chá) de nozes picadas (opcional)
- Dez folhas de hortelã para decorar
O registro mais antigo da palavra quibe foi encontrado em documento de escrita cuneiforme, produzido por assírios do século IX a.C. O prato foi servido em festa do palácio de Kalhu, atual sítio arqueológico de Ninrude, no Iraque. É o que me conta o Google.
Embora o quibe vegetariano só tenha conquistado paladares brasileiros nas últimas décadas, com a onda vegana que veio para ficar, no Oriente Médio é comum encontrar variações de receitas de trigo misturado com vegetais. Dentre estes, a abóbora, que não pode ser qualquer uma. Precisa ter sabor levemente adocicado, pouca umidade e textura amanteigada. A nossa conhecida cabotiá vai bem.
A melhor maneira de prepará-la para a receita de quibe vegano é no forno, assando em baixa temperatura. Essa técnica concentra o sabor da abóbora, pois o processo, ao desidratá-la, faz evaporar a umidade e converte os carboidratos complexos em açúcares, permitindo a caramelização. Então, não se renda à tentação de cozinhar em água, isso aumentaria a umidade da polpa e diminuiria seu peculiar sabor. A abóbora ao natural precisa mostrar-se firme e pesada, sinais de que a polpa está úmida e macia. Prefira comprar inteiras ou cortadas pela metade. Evite as embaladas em pedaços pequenos e sem casca, pois serão certamente menos saborosas.
O trigo para a receita de quibe é produzido com grãos duros, parboilizados ou cozidos no vapor. Após a secagem, a camada externa de farelo é removida e os grãos são moídos. Ele é encontrado facilmente nos supermercados. Da mesma forma a pimenta síria, cujo sabor pode fazer diferença no conjunto final de sabores. Ela é um blend de quatro ingredientes: pimenta-do-reino, canela, noz-moscada e cravo-da-índia. No caso de não ser encontrada, pode ser substituída por mistura em partes iguais das especiarias.
Reunidos os ingredientes, vamos à execução. Comece lavando a casca da abóbora, cortando-a ao meio e pincelando-a com azeite de oliva ou óleo vegetal neutro. Em seguida, embrulhe os dois pedaços em papel alumínio ou papel manteiga e leve ao forno para assar até que a polpa esteja bem macia. Enquanto a abóbora assa, coloque o trigo numa peneira e lave-o em água corrente até que ela saia bem limpa. Cubra com água quente e deixe de molho por cerca de uma hora. Pique em cubinhos a cebola. Corte as folhas de hortelã. Meça as especiarias.
Quando a abóbora estiver macia, retire do forno e usando uma colher retire toda a polpa, transferindo-a para uma tigela. Escorra a água do trigo, ajeite-o num pano de prato e faça uma trouxinha. Aperte bem para retirar a água restante. Junte este trigo à abóbora e usando um garfo misture ambos. Regue com metade do azeite. Tempere com sal, cebola, especiarias, folhas picadas de hortelã. Agregue as nozes grosseiramente quebradas. Misture de novo, teste o sal.
Espalhe a massa num refratário untado com azeite. Use uma espátula para ajeitá-la e dividi-la em pedaços, como na foto. Também com a espátula afaste levemente as laterais da forma para facilitar na hora de servir. Regue com o restante do azeite. Leve ao forno preaquecido por meia hora ou até dourar a superfície. Depois de assado, enfeite o quibe com folhas de hortelã. Sirva com pão sírio, patê de grão-de-bico, coalhada seca ou limão.
Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.