VIOLÊNCIA

Travestis são agredidas com facões por cafetões por não pagarem 'pedágio' de R$ 150,00

Por Jaqueline Lopes |
| Tempo de leitura: 1 min
Imagem Ilustrativa
As três travestis que registraram a ocorrência costumam trabalhar em um local 'administrado' por cafetões que cobram R$ 150 para autorizar os programas
As três travestis que registraram a ocorrência costumam trabalhar em um local 'administrado' por cafetões que cobram R$ 150 para autorizar os programas

Três travestis registraram queixa na Central de Flagrante da Polícia Civil contra dois homens que elas acusam de agredi-las e fazer ameaças contra elas. O caso ocorreu na tarde da última sexta-feira (23) no local que o trio costuma utilizar como ponto de encontro para programas.  

De acordo com o boletim de ocorrência, as três vítimas, RSC (Renata), GHSR (Melissa) e LHRS (Eloá), costumam se prostituir em um local "administrado" por dois cafetões (pessoa que vive à custa da prostituição alheia) que estariam cobrando delas o valor de R$ 150,00 para autorizar os programas.

Segundo as travestis, elas não aceitaram a cobrança e, após desavença com os acusados, sofreram as agressões como represália. Os agressores teriam tentado esconder suas identidades ao praticar o ato violento.

Na sexta-feira, por volta das 15h30, os dois homens, identificados apenas com os prenomes C e R, chegaram em uma motocicleta modelo CG Titan armados com quatro facões e anunciaram um assalto. As travestis, sem tempo de reagir, entregaram seus pertences aos criminosos.

Em um primeiro momento, eles roubaram as bolsas, cartões de crédito e dinheiro delas. Depois, partiram para cima das vítimas com golpes de facão. O trio conseguiu fugir do ataque. As três ficaram machucadas. Uma quarta travesti, identificada com o nome social de Amanda, precisou ser atendida pelo Samu. Ela foi levada para a Santa Casa com um corte profundo em uma das mãos.

Os agressores conseguiram escapar. Na delegacia, as três travestis foram orientadas sobre o processo judicial. Para a vítima socorrida, foi expedido exame do IML (Instituto Médico-Legal). A polícia investiga o paradeiro dos acusados. 

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