Na última quarta-feira (09), uma mulher trans procurou a polícia em Araçatuba-SP, para denunciar um homem que, segundo ela, estava explorando a prostituição realizada por ela. Também informou que participou de uma live em um site da cidade para denunciar o acusado e que, após isso, ele passou a ameaçá-la e também suas colegas.  

A mulher disse que realiza programa na Rua Jordano Gotardi, no Bairro Nova Iorque, atrás da Delegacia da Polícia Federal, juntamente com outras garotas trans, e que o homem cobra cerca de R$ 250,00 por semana para que possam utilizar o local.

Aquelas que se recusam a pagar são agredidas pelo suspeito com socos, golpes de capacete e de faca. De acordo com a vítima, ele afirma possuir arma de fogo e já fez menção de estar com ela embaixo da blusa, para intimidá-las.

Ela também relatou que há cerca de quatro meses foi agredida por ele, mas não registrou ocorrência. Ainda afirma que muitas vezes as garotas correm para não serem agredidas.

Na semana passada ela e outras mulheres trans fizeram uma live na frente do plantão policial para um site da cidade para denunciar os crimes. Depois disso as intimidações se intensificaram, inclusive com ameaças de morte. Por estarem se sentindo inseguras e por trabalharem na rua, decidiram procurar apoio da polícia.

A vítima contou que o suspeito possui ajuda de outra garota trans para recolher o pagamento pela prostituição, que também agrediria as mulheres trans que fazem ponto no local e estaria se favorecendo da prostituição alheia. Como tal garota sabe o endereço de todas as que trabalham nesse ponto, elas temem pela vida e integridade física.