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Os 60 anos de Lady Di

Por Redação |
| Tempo de leitura: 7 min
Crédito da foto: Divulgação
Crédito da foto: Divulgação

Princesa completaria 60 anos ontem (1), caso não tivesse falecido em um trágico acidente de carro em Paris, em agosto de 1997

Bryan Belati

A monarquia Britânica é uma das mais consolidadas do mundo dentre as noções que são adeptas a esse modelo de governo. Dessa forma, a realeza e seus membros se tornam figuras públicas e de interesse por parte da imprensa mundial.

A princesa Diana, ou Lady Di, como ficou popularmente conhecida, era uma dessas personalidades que tanto despertam a curiosidade do público. Por onde passava, ela era ovacionada com uma multidão que estava sempre à sua espera.

Ontem (1), ela teria completado 60 anos, caso não tivesse falecido em um trágico acidente de carro em Paris, em 1997, enquanto seu motorista tentava fugir da perseguição dos paparazzis.

Até hoje, o fato é um assunto controverso, pois inúmeras teorias da conspiração circulam mundo a fora, tendo até a própria realeza como uma das culpadas pelo incidente, visto que Diana deixou de ter segurança após o divórcio com Príncipe Charles, filho mais velho da rainha Elizabeth II e herdeiro do trono.

 Por mais que ela tenha falecido quando ainda tinha 36 anos, sua memória ainda é preservada como a de uma pessoa carismática e caridosa, devido às diversas obras sociais que esteve à frente no período em que era uma das mais importantes membras da família real britânica.

Em reportagem especial, a Folha da Região conta a trajetória de vida de Diana, os altos e baixos de sua relação com o príncipe Charles, os principais feitos da princesa em vida e sua influência na família real mesmo após 24 anos de sua morte.

 INFÂNCIA

Diana Frances Spencer nasceu em 1 de julho de 1961, no vilarejo de Sandringham, no condado de Norfolk, na Inglaterra. Seus pais, o 8º Visconde John Spencer e Frances Shand Kydd, eram aristocratas e faziam parte da nobreza britânica.

Sendo assim, Diana era descendente dos nobres 7º Visconde Albert Spencer e condessa Cynthia Spencer, seus avós por parte de pai. Por linhagem materna, seus avós Edmund Burke-Roche e Ruth Burke-Roche eram os Barões Fermoy.

Com a morte de seu avô paterno, seu pai se tornou o 8º Visconde Spencer, e ela e sua irmã receberam o título de "Lady". Assim, seu irmão mais velho foi proclamado o novo Visconde Althorp. Por isso, eles se mudaram para a mansão de Althorp, propriedade ancestral da família, mais precisamente do século XVI, localizada em Northamptonshire.

“Diana é considerada pela revista TIME como uma das 100 personalidades mais influentes no mundo da moda do século XX, sendo considerada também a terceira maior personalidade mais fotografada de todos os tempos.”

Passou por várias escolas, nas quais a Diana sempre se destacou pela expertise nas artes, como dança, teatro, literatura e música. A última escola que frequentou foi o Instituto Alpin Videmanette, na Suíça. Ao finalizar os estudos, retornou a Londres, e se mudou para um apartamento que havia ganhado de seus pais.

Mesmo sendo filha de nobres, Diana sempre buscou sua independência financeira. Por isso, estudou gastronomia na Cordon Bleu. No entanto, sua paixão estava na dança, o que possibilitou que ela conseguisse um emprego como professora de balé no Estúdio Vacani, bastante conhecido na capital inglesa.

Ela também trabalhou como faxineira e babá, antes de se tornar professora do jardim de infância da Young England School. Segundo declarações da própria Diana, naquela época ela não saía muito e nem frequentava lugares badalados em Londres. Preferia estabelecimentos mais calmos, e passava o final de semana na propriedade Althorp, com a família.

VIDA PESSOAL

O primeiro contato que Diana teve com príncipe Charles, que viria a ser seu marido anos depois, foi em 1978, no aniversário de 30 anos do monarca. Em janeiro do ano seguinte, Diana foi convidada pela rainha Elizabeth II para passar uma semana de caça em uma propriedade da família real em Sandringham House, localizada na cidade natal de Lady Di.

Com a morte do tio-avô de Charles, Lorde Mountbatten, Diana e o príncipe se aproximaram. Mas foi em 1980 que o relacionamento começou a evoluir, e os dois ficaram noivos em 24 de fevereiro de 1981.

O casamento aconteceu em julho do mesmo ano, na Catedral de São Paulo, em Londres. A cerimônia contou com mais de 3 mil convidados e foi assistida por mais de 1 bilhão de pessoas via satélite. Assim, Diana se tornou "A Sua Alteza Real, Princesa de Gales". Ela viajou para vários países, representando a rainha em missões da família real britânica. Uma dessas viagens foi para o funeral da princesa consorte Grace Kelly, de Mônaco.

O casamento de Diana e Charles foi considerado o casamento mais importante do século XX, e com seu carisma e beleza, Lady Di passou a chamar a atenção da imprensa e de todo o público, muitas vezes, mais popular que o próprio príncipe, herdeiro do trono.

Com o tempo, a imprensa começou a especular que o casamento não ia tão bem, principalmente após o nascimento dos dois filhos do casal, os príncipes William, hoje 39 anos, e Harry, 36. Enquanto Diana vivia no Palácio de Kensington, o príncipe Charles estava com amigos em Highgrove House. Esse período foi apelidado pela imprensa mundial como "Guerra dos Galeses".

O divórcio veio em 1992. Diana continuou vivendo no Palácio, por conta da criação dos filhos, que foram mantidos em guarda compartilhada até a maioridade. Pelo acordo, Diana recebeu uma quantia avaliada em 17 milhões de libras esterlinas. Porém, perdeu o título de Sua Alteza Real, por não fazer mais parte da linha de sucessão da coroa.

 No entanto, continuou sendo tratada como Princesa de Gales, por ser mãe do 2º e 3º na linha de sucessão do trono britânico. O último relacionamento de Diana foi com o médico cardiologista paquistanês Hasnat Khan, com o qual namorou por 2 anos. Eles terminaram o relacionamento pouco antes de Diana falecer, em 1997.

MORTE E LEGADO

Lady Di foi vítima de um acidente automobilístico em 31 de agosto de 1997. Ela, seu então namorado Dodi Al-Fayed, seu guarda-costas e o motorista bateram com o carro na Ponte de l'Alma, em Paris, enquanto tentavam fugir de sete paparazzis, que os perseguiam com motos.

O motorista e Al-Fayed morreram na hora. Diana foi levada ao hospital mais próximo, mas não resistiu devido a uma hemorragia interna. O motorista sofreu múltiplas lesões e passou por diversas cirurgias. Ele foi o único sobrevivente, mas afirmou em entrevista que não tem lembranças sobre o acidente.

FAMÍLIA Diana foi casada com Príncipe Charles, o primeiro na linha de sucessão da Rainha Elizabeth II; seus dois filhos, William e Harry, são fruto do relacionamento com o monarca. Crédito da foto: Divulgação

O corpo de Lady Di foi levado para Althorp House, propriedade da família Spencer onde a princesa passou sua infância, e foi sepultado numa pequena ilha no centro de um lago do grande jardim aberto da propriedade, com um pequeno monumento próximo ao local.

Até hoje, 24 anos após sua morte, a princesa Diana continua sendo uma das integrantes mais populares da realeza em todo o Reino Unido. As causas sociais pelas quais lutava e o esforço que fazia para levantar fundos para o investimento em problemas sociais era o que chamava a atenção do público, por sua humildade e gentileza.

Por muitas vezes, Diana dançou em bailes e leiloou seus próprios vestidos para que pudesse ter dinheiro para ajudar os mais necessitados. Seus objetivos principais eram acabar com a AIDS no mundo e lutar contra as minas terrestres. Ela é considerada pela revista TIME como uma das 100 personalidades mais influentes no mundo da moda do século XX, sendo considerada também a terceira maior personalidade mais fotografada de todos os tempos.

Em 1999, foi concebido o Diana Memorial Award, prêmio concedido a jovens que têm demonstrado devoção e compromisso para com as causas advogadas pela princesa.Logo após a sua morte, foi criado o Fundo Memorial de Diana, Princesa de Gales, que tem como objetivo arrecadar dinheiro para dar continuidade ao trabalho humanitário desenvolvido por ela dentro e fora do Reino Unido.

 A organização foi dotada de doações feitas por pessoas ao redor do mundo nos dias e meses posteriores a sua morte. Estas totalizaram cerca de 20 milhões de euros, além de um adicional de 80 milhões gerados através de atividades comerciais.

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