Economia

Eletrobras tem novo presidente

Por Redação | 25/03/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Embora a forma da tomada decisão tenha sido criticada, o mercado vê Rodrigo Limp como ótima escolha.
Embora a forma da tomada decisão tenha sido criticada, o mercado vê Rodrigo Limp como ótima escolha.

A Eletrobras informou nesta quinta-feira (25) a indicação do governo federal de Rodrigo Limp Nascimento como novo presidente da estatal. Limp é atual secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia (MME), diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), também ex-consultor legislativo na Câmara dos Deputados na área de Recursos Minerais, Hídricos e Energéticos.

A Eletrobras destaca que Limp foi avaliado e recomendado pelo Comitê de Pessoas, Elegibilidade, Sucessão e Remuneração, entrevistado e aprovado, por maioria, pelo Conselho de Administração, e atende aos requisitos legais e de qualificação técnica necessários para o cargo.

Alguns conselheiros não apoiaram a nova decisão, e um deles, que também é coordenador do Comitê de Auditoria e Risco Estatuário, Mauro Gentile Rodrigues da Cunha, decidiu renunciar ao seu cargo com uma carta. Ele afirmou que apesar de Limp ser “excepcional”, ele tem perfil técnico e “não tem experiência” em administração de empresas. Acrescentou que a recomendação deixou de lado o processo de seleção que estava em curso pela consultoria contratada, a Korn&Ferry.

No dia 25 de janeiro o então CEO Wilson Ferreira Junior renunciou ao cargo por atender a um convite para liderar a BR Distribuidora. Após sua renúncia atribuiu o movimento a uma falta de “tração” nos planos do governo para privatização da estatal.

A nomeação de Rodrigo Limp está marcada para 27 de abril.

Repercussão no mercado

Analistas de mercado veem Limp como “perfeito” para avançar na privatização, apesar da polêmica forma com que seu nome veio à tona.

A escolha foi bem recebida pelo mercado, devido ao apoio do executivo ao projeto de privatização da Eletrobras.

A XP afirmou que Limp atende a critérios técnicos para o cargo e cita sua trajetória profissional “co ampla experiência no setor elétrico, especialmente no que diz respeito à regulação”.

A Ativa Investimentos acredita que a União “exacerbou rugas”. Apesar de considerarem a decisão como fato negativo no ponto de vista da governança, é positivo o fato de Limp ter postura pró-privatização.

O Itaú BBA destacou positiva a notícia pela experiência do escolhido com a legislação, seu amplo conhecimento sobre a regulação do setor e por ter sido peça-chave no avanço do processo de desestatização da companhia.

Os analistas do BBA avaliaram Limp com baixa experiência corporativa, mas com habilidades certas para liderar a empresa e conduzir o complexo processo de desestatização.

O Bradesco BBI aponta que não poderiam estar mais satisfeitos com a escolha.

Nesta quinta-feira (25), as ações tiveram alta, com ganhos de 4,34%, a R$ 33,69, para os papéis ON, e de 3,83%, a R$ 34,42, para os ativos PN.

Na terça-feira (23), o diário oficial da união publicou resolução do Ministério da Economia que recomentou a inclusão da Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND), que deve ser aprovado pelo Congresso até junho.

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