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Andradina adia retorno das aulas presenciais; Penápolis suspende

Por Redação |
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AULAS Educação de Andradina anunciou que as aulas presenciais foram adiadas até que o tema volte a ser debatido
AULAS Educação de Andradina anunciou que as aulas presenciais foram adiadas até que o tema volte a ser debatido

A secretária de Educação de Andradina, Estela Cassiolato Goda, anunciou nesta terça-feira (2), que as aulas presenciais na Rede Municipal de Ensino foram adiadas até que o tema volte a ser debatido. Uma reunião ampliada, a se realizar no próximo dia 15 vai tratar do assunto, até lá os mais de 5 mil alunos da Rede Municipal de Ensino vão a receber aulas pelas plataformas digitais. “Estamos seguindo uma orientação regional e optamos pelo não retorno presencial até o momento, diante da atual situação da crise sanitária instalada”, disse Estela.

A secretaria afirma que não seria prudente, pelos aspectos de segurança sanitária e da promoção e cuidado à vida, a retomada das aulas presenciais nas escolas neste período. “Mesmo que Andradina esteja classificada na fase amarela no Plano SP, a UTI do nosso único hospital está com 100% de ocupação”, disse Estela, afirmando que a opção leva em consideração o público alvo da Educação Municipal que vai de 0 a 9 anos, em sua grande maioria totalmente dependentes de cuidados de outras pessoas. Na segunda quinzena de março uma nova reunião do colegiado regional vai deliberar sobre o9 assunto.

Fazem parte deste colegiado, além de Andradina, os municípios de Bento de Abreu, Rubiácea, Suzanápolis, Andradina, Guaracaí, Lavínia, Mirandópolis, Castilho, Ilha Solteira, Itapura, Murutinga do Sul, Nova Independência, Sud Mennucci, Pereira Barreto e Valparaíso. O ano letivo em Andradina começou no dia 8 de fevereiro com o acolhimento aos profissionais de Educação, palestras motivacionais, treinamento do Protocolo COVID 19. No dia 15 foi dado início a reuniões de pais e planejamento para dar início a aulas do ensino remoto, que irão começar no dia 15 de março. A Secretaria de Educação Municipal de Andradina iniciará nesta quarta-feira (3) a entrega dos Kits Merenda conforme estabelece a Lei 13987/2020, que autoriza a distribuição de gêneros alimentícios escolar, enquanto não haverá aulas presenciais. PENÁPOLIS Decreto publicado na tarde desta terça-feira (2), pela Prefeitura de Penápolis, determina a suspensão das aulas presenciais nas escolas municipais, estaduais e particulares até o dia 14. A medida, segundo o documento, passa a valer a partir desta quarta-feira (3) e envolve todas os níveis (básico ao superior). A suspensão das aulas presenciais foi decidida diante do crescente número de casos positivos da Covid-19, o novo coronavírus, e da ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria. Uma reunião, envolvendo a vice-prefeita, Mirela Fink (Podemos) e secretários de diversas pastas, como Saúde e Educação, foi realizada no Paço para tratar o assunto.

Em Penápolis, dos dez leitos de UTI Covid disponíveis na Santa Casa, oito estão ocupados, índice de 80% de ocupação. Nessa segunda-feira (1º), no entanto, 100% dos leitos estavam ocupados. O decreto informa que a situação será constantemente reavaliada pela equipe de governo, que poderá adotar novas medidas e que o descumprimento implicará em infração sanitária passível de aplicação das penalidades dispostas na lei estadual 10.083, de 23 de setembro de 1998. A volta às aulas presenciais na rede municipal de Penápolis ocorreu no dia 22 de fevereiro, para os alunos do ensino fundamental (1º ao 5º ano) e educação infantil (pré-escola). Nas creches, o retorno ocorreu nessa segunda (1º).

ESTADO DE SP

O governo de São Paulo avalia a possibilidade de colocar todo o Estado na fase vermelha a partir desta quarta-feira, mas com escolas abertas. Em nota assinada pelo próprio Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, diz que ele “esclarece que a afirmação dada à rádio CBN nesta terça sobre o funcionamento das escolas trata de opinião pessoal e que até o momento não foi debatida com a Secretaria de Estado da Educação." E afirma ainda que as “novas medidas de enfrentamento da pandemia ainda estão em discussão entre o Governo de SP e o Centro de Contingência do Coronavírus no estado”. O secretário de Educação do Estado, Rossieli Soares, não é a favor do fechamento das escolas mesmo em caso do Estado ir para a fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo, programa paulista de combate à covid-19. Um decreto estadual, de dezembro, garante a abertura da educação em todas as etapas do plano.

Segundo o Estadão apurou, Rossieli se surpreendeu com a fala de Gorinchteyn. O titular da Educação sequer participou das reuniões nesta terça-feira do centro de contingência. Dentro do comitê, há integrantes que defendem aumentar restrições em todo o Estado para conter o avanço da pandemia. Durante a segunda onda do coronavírus na Europa, países como Reino Unido, França e Alemanha deixaram as escolas abertas mesmo durante o lockdown. A França, por exemplo, está com a educação funcionando desde janeiro, com bares, restaurantes e comércio fechado. O Reino Unido manteve a escola aberta para as crianças mais vulneráveis e, na semana que vem, reabre para todos, mesmo com o restante dos serviços fechados.

(Com informações do Jornal Interior)

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