Araçatuba

Clientes da CPFL com contas atrasadas terão novo aviso de débito na fatura

Por Redação |
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Priscilla Andrade

O impacto que a pandemia do novo coronavírus causou na economia do país é inegável. E a sustentabilidade financeira das distribuidoras de energia foi um dos efeitos que projetou uma preocupante consequência em termos de investimentos futuros e de segurança no abastecimento. Além da previsível queda na receita motivada pela paralisação por meses de atividades comerciais e industriais, as empresas do setor conviveram nesse período com uma alta na inadimplência porque por ordem da Aneel até junho do ano passado e depois apenas para consumidores de baixa renda, estava proibido o corte de energia por falta de pagamento. Mas recompor essas perdas não será fácil.

Em junho de 2020, o Governo Federal aprovou um socorro financeiro para as empresas do setor elétrico, por meio de um empréstimo bancário no valor de R$ 16,1 bilhões. Foi um tapa buraco em auxílio do setor elétrico que acumulava em queda de consumo e inadimplência durante a pandemia. O empréstimo será pago com recursos que virão de encargos cobrados nas contas de luz a partir de 2021. Está previsto para o mês de janeiro o último repasse dos valores. A chamada Conta COVID está amparada pelo Despacho n? 3.621/2020 da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel. Até agora foram repassados 99% dos valores contratados pelas companhias que aderiram à medida o que corresponde a um total de R$14,65 bilhões.

Das 61 concessionárias de distribuição participantes, 55 já receberam todo o previsto em seus termos de adesão. A CPFL Energia recebeu o montante de R$ 830.176.231 milhões. No momento os grandes grupos de distribuição tentam manejar seus negócios da melhor maneira à espera de uma nova resolução da Aneel.

A CPFL Energia, que atende cerca de 10 milhões de consumidores em mais de 700 cidades, informou em seu último relatório financeiro referente aos meses de julho, agosto e setembro de 2020, que tem negociado prazos, condições, criado novas opções de pagamento e medidas para controlar a inadimplência.

CAUTELA

Mesmo com a revisão da Aneel que permitiu às distribuidoras desde agosto a possibilidade de voltar a contar o fornecimento por falta de pagamento, a CPFL tem adotado uma política de cautela. A aposta é na comunicação de regras e prazos e na oferta de formas de pagamento e de renegociação de dívidas. A CPFL Energia, informou à Folha da Região que flexibilizou e trouxe novas formas de pagamento ao longo de 2020. Para 2021, a empresa disse vai manter as condições de pagamento diferenciadas dentro dos canais digitais, como pagamento via cartão de crédito, parcelamento no cartão e boleto em até 12 vezes.

A condição neste caso, é exclusiva para pagamentos via canais digitais, e é válida para um valor entre R$ 150 a R$ 18 mil em contas atrasadas. “A empresa continua incentivando os clientes aptos a aderirem à tarifa social, para se cadastrarem e receberem o desconto na conta de energia”, disse a empresa por e-mail. Uma diversificação que tem ajudado também na operação financeira. Ao longo de 2020, mais de 150 mil novos cadastros nessa modalidade conseguiram receber o benefício. Só em Araçatuba foram mais de 1,5 mil novas adesões.

O cliente que se enquadra nos requisitos, deve se cadastrar na distribuidora, por meio dos canais digitais ou pelo aplicativo CPFL Energia. Basta informar os documentos e comprovantes solicitados. Novo comunicado na conta A partir de hoje, com a mensagem em destaque na conta “Vamos juntos evitar o corte?”, a empresa quer evitar a suspensão do serviço e apresentar as diversas formas para os clientes quitarem os débitos em atraso. Em nota, a CPFL Energia explica que o objetivo da ação é avisar de forma preventiva, com mais destaque e antecedência seus clientes sobre eventuais débitos e assim, incentivar os clientes a procurarem as opções de parcelamento. O comunicado virá apenas para clientes inadimplentes, e estará em destaque tanto na conta física como na conta digital.

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