Se somar toda a riqueza produzida pelos 43 municípios da região de Araçatuba e dividir em partes iguais aos habitantes, cada pessoa teria direito a R$ 25.465,10. Os números foram levantados pela reportagem da Folha da Região com base no PIB dos Municípios 2018, divulgada nesta quarta-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo os dados divulgados pelo órgão, naquele ano os municípios geraram, juntos, uma renda per capita de R$ 1.094.999,65. A cidade com maior índice de riqueza é Suzanápolis, com R$ 64.171,13. Em seguida, está Bento de Abreu, com PIB per capta de R$ 56.699,61.
Araçatuba teve, em 2018, segundo o IBGE, uma renda per capta de R$ 37.521,17, muito acima da medida regional. O destaque no município ficou para o setor de serviços, que gerou R$ 298.403,71. Em seguida, ficou a indústria, com R$ 288.824,37. A agropecuária gerou R$ 288.824,37. Segundo maior município da região, Birigui teve um PIB per capta de R$ 27.268,69, também acima da média. O setor de serviços liderou a produção de riqueza com R$ 1.864.875,03. A indústria gerou riqueza de R$ 630.094,23, enquanto que a contribuição da agropecuária biriguiense foi de R$ 52.354,97.
NACIONAL
De acordo com o IBGE, em 2018, os dez municípios com os maiores PIB per capita somavam 1,5% do PIB nacional e 0,2% da população brasileira. Presidente Kennedy (ES), com R$ 583.171,85, apresentou o maior PIB per capita em 2018, seguido por Ilhabela (SP), ambos devido à extração de petróleo. Selvíria (MS) ocupava a terceira posição e Vitória do Xingu (PA), a sétima, constam nessa relação graças à geração de energia hidrelétrica. Na quarta posição, São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) foi a única municipalidade que tem a extração de minério de ferro como a sua principal atividade entre os dez maiores PIBs per capita de 2018.
As cidades que ocupavam a quinta e a décima posições em termos de PIB per capita, Paulínia (SP) e São Francisco do Conde (BA), respectivamente, tiveram na indústria de refino de petróleo a sua principal atividade, enquanto Triunfo (RS), na sexta posição, destacou-se na indústria petroquímica. Extrema (MG) e Louveira (SP) figuravam na oitava e nona posições, em razão do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e das indústrias de transformação.
Entre as capitais, Brasília, com R$ 85.661,39, ocupou a primeira posição em relação ao PIB per capita em 2018, enquanto Belém ocupou a última (R$ 21.191,47). A razão entre o PIB per capita das capitais e o PIB per capita do Brasil (R$ 33.593,82) mostrou que, em 2018, enquanto Brasília alcançou valor 2,55 vezes maior que o nacional, em Belém a razão foi 0,63. No mesmo ano, dez capitais tinham PIB per capita maior do que o nacional; em 2002 eram 11.
Os maiores valores do PIB per capita, em 2018, pertencem aos grandes centros urbanos do Centro-Sul, e, ainda, a algumas regiões de forte expansão da fronteira agrícola, principalmente na região central de Mato Grosso, no oeste baiano e no alto curso do Rio Parnaíba, onde houve elevada participação da cadeia de produção de soja associada à relativamente pequena população. EVOLUÇÃO Entre 2017 e 2018, os municípios com maior ganho de participação no PIB do país foram Maricá (RJ), Niterói (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ), cada um com acréscimo de 0,2 ponto percentual (p.p.).
Os três ganhos se deveram à alta do preço internacional do petróleo em 2018. Por outro lado, as maiores quedas de participação ocorreram em São Paulo, Osasco (SP), Brasília e Parauapebas (PA). Em São Paulo e Osasco, a perda de participação se deu, principalmente, em função das atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, já que, em 2018, houve redução da taxa de juros Selic e, em ambos os municípios, essa atividade tem peso destacado. Em Brasília, houve decréscimo de participação nos impostos, líquidos de subsídios, sobre os produtos. Parauapebas, por sua vez, apresentou queda da extração de minério de ferro.
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