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Setembro Verde - Por Ana Laura de Almeida

Por Redação |
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Arquivo Folha
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Setembro Verde é uma campanha que nasceu em Valinhos em 2015, na APAE local, expandiu-se por todo o Estado de São Paulo e avança para outros estados brasileiros. Foi escolhido como mês oficial da luta pela inclusão da pessoa com deficiência. Isso porque no dia 21 comemora-se o Dia Nacional de Luta das Pessoas com deficiência, dia que também marca o início da Primavera. A cor verde simboliza a acessibilidade. A iniciativa visa trazer visibilidade para a causa de pessoas com deficiência, seja ela visual, auditiva, intelectual, física ou múltipla.

Esse movimento de conscientização para ajudar a pessoa com deficiência a superar a barreira social é vital, uma vez que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 45,6 milhões de pessoas tem algum tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população brasileira. E esse contingente de quase ¼ dos nossos habitantes necessita urgente que seus direitos sejam colocados em prática. Isso porque, segundo especialistas, a legislação sobre o tema existe e é excelente, mas não houve, nos últimos anos, uma real efetivação dos direitos dessa parcela da população.

O exercício desses direitos é o que vai proporcionar uma real inclusão. Partindo do princípio que inclusão social é oferecer oportunidades iguais de acesso a bens e serviços a todos, sem distinção, temos um longo e urgente caminho a percorrer. Isso porque se para boa parte da população ainda falta acesso à educação, saúde, segurança, trabalho e condições básicas de vida, para os deficientes esse acesso é ainda mais reduzido. E, à esses itens ainda somam-se outros, como a falta de acessibilidade, por exemplo, o que dificulta a muitos exercer o seu direito de ir e vir.

Garantir que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados é importante inclusive para o desenvolvimento do próprio País, uma vez que estatísticas comprovam que famílias que possuam pelo menos uma pessoa com deficiência tem menor renda per capta e contribuem menos para o PIB nacional. Mudar esse panorama, portanto, não beneficia apenas o portador de deficiência, mas a sociedade como um todo.

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