Todos deveriam começar a ler esse texto com um exercício mental bem simples. Entender que, se somos todos indivíduos, únicos por natureza, rótulos generalista não nos cabem! Não é porque sou um Liberal que sou a favor do desmatamento da Amazônia, do corte indiscriminado de todas as árvores do planeta, ou do que foi feito em Araçatuba semana passada em frente à prefeitura.

Sou a favor de que em áreas privadas sejam respeitados todos os direitos, desta condição precípua, de se ter total direito do dono da mesma, fazer o que quiser dentro desta área. Se isto lhe fosse garantido não teríamos o problema que temos hoje com a fome no mundo. No entanto este artigo é para tratar da área pública. Nossas ruas são "propriedade pública", ou seja, de todos. Mas quem usufrui toda infraestrutura sem pagar por isso, são as companhias de energia elétrica que colocam seus postes numa área que pertencem a todos nós, e se arvoram do direito de cortar as árvores que "atrapalham" seu negócio. Oras! Se a área é pública deve-se ouvir o público! Se os munícipes de Araçatuba estiverem dispostos a pagar mais caro pela energia elétrica para que a fiação seja enterrada, para que arvores não sejam cortadas, então que assim seja. Se não, que nos calemos!

Falo com total segurança de que não serei mal interpretado uma vez que já plantei em Araçatuba mais de 3 mil árvores entre ipês e jacarandás. A Avenida Gaspar Lemos no bairro Concórdia terá um dia um túnel de ipês-rosa que transformará aquela localidade num cartão postal nacional! Porque fiz isso? Porque sei que as pessoas pagam pelo que é belo e, portanto valorizei meus empreendimentos e todo seu entorno, uma vez que não se mora somente dentro dos condomínios. Simples assim!

Precisamos entender que toda ação acarreta uma reação financeira e econômica. Se exigirmos que a CPFL enterre seus fios para que nossa cidade fique linda, talvez nós tenhamos que pagar mais caro pela energia elétrica sim. Contudo, nossa cidade ficará valorizada de tal forma que seu crescimento econômico trará bons empregos, e assim, mesmo pagando uma energia mais cara, nós viveremos melhor e mais ricamente!

O fato é bem simples, devemos ser responsáveis por nossas escolhas, mas não podemos outorgar a "políticos iluminados" tal poder de decisão! Devemos entender que se queremos ser ricos e termos uma vida digna devemos olhar para o futuro e decidir pela mudança de fato, salvando as árvores e exigindo a mudança necessária para isso.

Rodrigo Andolfato é membro do Ilan