Estranho, não? Muito, já que até as pombas da Praça Rui Barbosa percebem que os eventos da ABQM são uma injeção de adrenalina em nossa combalida economia. Mas, infelizmente, ainda se encontra esse tipo de oposição mesquinha que, na tara insana de desmerecer o governo, acaba pregando contra o próprio município. A esses, por favor, se liguem: vocês pioram um debate público que já é ruim. Tentem, no mínimo, ser honestos com aqueles que gastam tempo lendo o que escrevem.
Pode-se objetar - e é até razoável - que muitas circunstâncias convergiram para que o evento aterrissasse em nossa cidade. Entretanto, com um pingo de honestidade, é de se convir que isso não invalida a participação efetiva e exitosa da prefeitura na questão. Desse modo, é legítimo que os governantes comemorem aquilo que é, de longe, o maior feito dessa administração. E, notem, anotem e colem na geladeira: tudo isso sem torrar dinheiro público. Eureka! Parece revolucionário, né? Mas, (suspiro fundo) não é.
À vista disso, eu também comemoro porque é nisso que eu acredito: soluções economicamente sensatas que envolvam a iniciativa privada e resultem em ganhos econômicos e sociais para toda a sociedade. É disso que Araçatuba tem sede. É disso que Araçatuba tem abstinência.
Dados os créditos, é prudente registrar que esses eventos (mesmo positivos) não suprem a necessidade latejante de estabelecermos uma política clara e agressiva de desenvolvimento econômico, fundamentalmente centrada nas áreas de tecnologia e inovação, utilizando as mesmas premissas do ‘case’ da ABQM. Presidente Prudente e Ilha Solteira já estão fazendo isso com relativo sucesso e estão se tornando (se já não se tornaram) referência regional nesse mercado, que é a nova espinha dorsal do novo mundo digital.
Não quero ser estraga-prazeres, mas é na tecnologia, inovação e empreendedorismo que pode estar o nosso futuro, não na prova dos três tambores.
Felipe Luiz de Oliveira é membro do Ilan
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