Artigo

Recuar é saber ir em frente

Por Redação |
| Tempo de leitura: 2 min

O pai da psicologia humanista, o americano Abraham Maslow (1908-1970) certa vez podemos sempre escolher entre recuar em direção à segurança ou avançar em direção ao crescimento. Ele deixa claro que ambos os caminhos são válidos. Na vida pessoal e empresarial tenho aprendido que o diferencia os vencedores e os derrotados não é simples escolha entre ir em frente ou voltar alguns passos. Mas sim a sabedoria entre escolher entre os dois caminhos no momento certo.

Há um entendimento errôneo de que recuar é sinal de fraqueza. Só quem tem tendência de ‘dar murro em ponta de faca’ é que pode pensar assim. Entendo que recuar, em uma acepção maior, é mudar de ideia e ter coragem e inteligência para saber escolher os melhores momentos para nossas ações.

Só recua, mostram a psicologia e os analistas de carreira, quem tem uma percepção apurada de que não é o momento de falar ou agir frente ao que não consideramos adequado, ou quando não nos sentimos preparados. Isso acaba evitando erros graves de estratégias ou acarretando prejuízos emocionais e financeiros consideráveis.

Quando recuamos ao dar uma resposta em uma conversa ou até uma discussão, estamos usando a sabedoria, reservando-nos o direito de não dizer o que poderá vir a ser mal-interpretado, ou porque queremos simplesmente avaliar melhor o que responder.

O leitor pode parar para pensar em todas as vezes que se arrependeu em ter tomado uma decisão, dito algo ou perdido uma oportunidade por ter agido automaticamente sob a crença de que é preciso enfrentar a tudo e a todos para não parecer um covarde.

Recuar é, sem nenhuma dúvida, um bom sinal de maturidade, sabedoria e muita coragem, não tendo nada a ver com desistir ou se acovardar. Ser covarde é fazer a si ou a outro sofrer.

Bruno Raphael de Souza é empresário

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