Com a proposta de tocar muito country misturado com rock, vertentes e raízes da banda, Hillbilly Rawhide toca hoje no Sesc Birigui, a partir das 20h, com entrada gratuita. Ela prioriza repertório autoral, referência para seu público, e também faz algumas versões de suas maiores influências.
A banda é composta por Mutant Cox, na voz, guitarra e violão; Mark Cleverson, no violino; Osmar Cavera, no baixo acústico e Juliano Cocktail, na bateria. Eles contam que o repertório atualmente está mais voltado ao novo lançamento, o álbum "My Name Is Rattlesnake", que saiu no final de 2018, mas no show eles também tocarão os clássicos dos álbuns anteriores.
No final de 2017 houve uma substituição, tirando o piano e retornando com um banjista. Segundo Mutant Cox, Eduardo Ribeiro trouxe uma nova energia e também ajudou a resgatar a essência do trabalho, voltando a uma sonoridade mais country e bluegrass, porém com o rock mais presente também.
Muitas das músicas são autorais, mas com influências do country antigo de raiz, como Jimmie Rogers, Ernest Tubb, Bill Monroe e Flatt&Scrugs. "Somos uma banda de country formada por roqueiros, então essa é a influência básica. Desde suas raízes do rockabilly dos anos 50, passando até pelo metal, punk rock e muito psychobilly. Muito blues também, western swing e coisas do gênero. Nossa influência é bem variada", destaca o grupo.
Além das canções autorais, Hillbilly Rawhide faz algumas versões de músicas que influenciaram o trabalho. "Sempre saíram naturalmente as versões das nossas influências em ensaios, e acabamos incorporando no repertório dos shows. Acabamos de participar recentemente da coletânea Ratomaniax, Tributo ao Ratos de Porão, que para nós foi uma grande honra."
Eles tocam no estilo country rock alternativo e dizem que desde que começaram a se apresentar, em 2003, o cenário mudou, ficando cada vez mais difícil de atrair o público. "Nos dias de hoje tem tanta informação e tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, que fica cada vez mais complicado atrair o público aos shows, ou até mesmo de fechar shows. A internet ao mesmo tempo que ajuda demais a diminuir distâncias e quebrar barreiras, também acho que tira um pouco o valor dos shows ao vivo. Muitos, principalmente mais jovens, preferem ver na internet do que ir aos shows. O que por um lado é muito triste e enfraquece a cena. Os bares ou festivais já não conseguem garantir as bandas se não têm público, dificultando ainda mais a realização de shows", finaliza Mutant Cox.
TRAJETÓRIA
A banda Hillbilly Rawhide iniciou suas apresentações em 2003 e hoje pode ser considerada como precursora do country rock alternativo no Brasil. A proposta é tocar um country misturado com rock primitivo, suas raízes e vertentes, sempre tocando em diversos bares e grandes festivais de rock pelo Brasil e, principalmente, em sua cidade natal, Curitiba. O objetivo do grupo é resgatar o estilo que ainda é pouco conhecido no Brasil, mas de fundamental importância na história da música mundial. A banda prioriza seu repertório autoral.
No final de 2005, o grupo fez um trabalho independente chamado "High on the Road", para começar a própria divulgação. Logo depois, foi feito o primeiro registro oficial, “Ramblin’, Primitive, Outlaws!”, que foi lançado em 2006 pela Crazy Love Records, da Alemanha, com distribuição mundial. O disco também foi lançado no Brasil pela Funeral Music, de Curitiba, durante o festival "Psycho Carnival", de 2007, com o nome original de “Ramblin’, Primitive and Outlaw!”.
Em 2008, o grupo lançou o EP “F.N.M.”, pela Orleone Records, de Piracicaba, que apresenta três composições próprias, incluindo os sucessos “O Enxofre e a Cachaça”, “F.N.M.” e “Joe Lee”. Em abril de 2010, veio o EP “Lost and Found”, que conta com duas versões e cinco composições próprias inéditas, entre elas “Monkey's Cage” e “Cavaleiros da Morte”.
Em 2013, com o quinto álbum, Hillbilly Rawhide lançou o álbum “Ten Years on the Road”, em homenagem aos 10 anos de estrada. O disco contém novas composições, como “Hillbilly Treasure”, ou “Fallin' Down Again”, e também algumas mais antigas, agora regravadas, como “Longe Sem Dinheiro”, “Cavaleiros da Morte”, ou “Honky Tonk Lino's”. Também fez parte das comemorações, a primeira turnê internacional do grupo, durante todo o mês de março do mesmo ano, com 21 shows em cinco países da Europa: Holanda, Alemanha, França, Inglaterra e Áustria.
A banda também já se apresentou em vários estados do País, como na Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.