A fotografia eterniza os acontecimentos no momento em que é tirada, e muitas vezes faz um resgate da memória perdida com o tempo. A página do Facebook, "Historiografia de Birigui" busca fazer isso, postando fotos antigas da cidade e tentando levar lembrança de um fato para a público. A página foi criada em 2015 pelo funcionário público Sérgio Godinho. As fotos são digitalizadas e postadas. Sérgio sempre procura algum seguidor que tenha vivenciado o momento para poder falar mais sobre o assunto contido. As postagens são feitas todos os dias e muitas imagens chegam até Sérgio sem data exata, dificultando o trabalho, "Uma foto sem legenda é decepcionante. Muitas vezes temos que procurar muito e ir descobrindo a origem, mas datas exatas são o mais interessante porém, nem sempre é possível", Lamenta Godinho. INÍCIO O projeto começou pela curiosidade de Sérgio Godinho em saber mais sobre o passado da cidade, não só o que está nos livros. "A minha procura nos sites que traziam fotos e textos sobre as cidades me decepcionava, pois quando chegava Birigui, a pesquisa não era concluída, pois nada existia e vinha nome de outra cidade imediatamente com algumas fotos antigas e legendas", conta Sérgio. As pesquisas, muitas vezes, são feitas através das memórias de Sérgio e também de pessoas mais velhas que vivenciariam os fatos e contam as histórias. "Os idosos com boa memória me ajudam através da história oral", lembra o administrador do projeto. Sérgio conta que muitas pessoas têm arquivos e fotos guardadas, lembranças do começo da cidade e isso chega até ele pela página do Facebook. Quando lembra de algo que queria postar, ele vai atrás de alguém que tenha e com isso aprende mais sobre a cidade. "As fotos chegaram e chegam até mim, por causa da memória, eu lembro de muita coisa e vou atrás da pessoa, se elas tiverem, me passam. E fico sabendo de muita coisa que não era do meu conhecimento." O administrador do projeto trabalha na Biblioteca de Birigui, onde existe um vasto material, chamado "Acervo Histórico Dr. Renato Cordeiro", que possui milhares de fotos e o acervo de jornais do passado. "Existe nela (na Biblioteca) uma riqueza memorial que as pessoas muitas vezes nem imaginam", afirma Sérgio. PÚBLICO As pessoas muitas vezes se emocionam, pois veem um familiar nas fotos e lembram de um momento que viveram, ou até mesmo descobrem algo sobre elas que até então não sabiam. "Um fato novo para elas, por exemplo, é ver como era a cidade antes e também os lugares e pessoas com quem elas conviveram. Até eu me emociono ao descobrir um fato novo, muitas vezes eu também vivenciei e aquilo que hoje muitas vezes nem existe mais", conta.