A menina de 12 anos que confessou ter matado Ana Lívia, de 13 anos, em Taubaté, passará por uma avaliação psicológica da Vara de Infância e Juventude antes da realização da audiência de custódia que definirá qual medida socioeducativa vai ser aplicada em seu caso.
O caso aconteceu no dia 27 de setembro, no bairro Jardim Paulista, antes de Ana Lívia e a garota de 12 anos irem para a escola. Pela manhã, Lívia ligou para a mãe perguntando se a amiga podia ir até sua casa para que as duas pudessem ir para a escola juntas de carona com a mãe de uma colega. Horas depois, a mãe de Ana Lívia encontrou a menina já sem vida, em seu quarto.
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De acordo com a polícia, a menina de 12 anos confessou que atirou contra Ana Lívia com uma arma de fogo que pertence ao seu tio, que trabalha como agente penitenciário. Lívia foi encontrada com um tiro na nuca, com o corpo caído em cima de uma mesa de cabeceira.
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A acusada enviou um áudio para a mãe da colega que daria carona para ela e Ana Lívia, dizendo que se dizia preocupada, porque a amiga não estava respondendo suas mensagens. Na fala, a menina usa um tom alarmante, perguntando-se: “será que aconteceu alguma coisa com ela?”
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“O que nos espanta é a frieza com que ela fala sobre a morte de Ana Lívia”, afirma Jefferson Coutinho, advogado da família da menina morta.
A audiência de custódia do caso será realizada no final de novembro. A internação de menores de idade como medida socioeducativa pode chegar até 3 anos.
O CASO.
O caso aconteceu no bairro Jardim Paulista. A menina de 12 anos confessou para a polícia que atirou contra a nuca de Ana Lívia antes de ir para escola -- ela disse que a arma, uma pistola calibre 380, pertencia a um tio, agente de segurança pública.
No dia do crime, Lívia ligou para avisar à mãe que sua amiga iria mais cedo para sua casa. Esse procedimento era rotineiro, já que Lili, a menina de 12 anos e outra amiga iam juntas para a escola de carona com a mãe dessa colega de escola.
Algumas horas depois, a mãe que levaria as garotas ao colégio ligou para Jéssica, avisando que Lívia não havia aparecido e que a menina de 12 anos, que matou Ana Lívia, havia mandado uma mensagem dizendo que havia voltado para casa para buscar um tênis.
Jéssica voltou para casa por volta das 13h. Lá encontrou a filha no quarto, deitada de bruços, em cima de uma mesa de cabeceira. “Ela recebeu um tiro na nuca e caiu em cima do móvel”, explica a mãe.
A menina que fez o disparo foi à escola normalmente depois do crime e foi apreendida horas depois, quando confessou o caso e foi levada à Fundação Casa de São José dos Campos. De acordo com a mãe da vítima, Lili e a menina eram amigas e haviam tido uma discussão por ciúmes de outra colega.