
Presente na mesa de milhões de brasileiros, a mandioca é um ingrediente indispensável na culinária nacional. Conhecida também como aipim ou macaxeira, ela aparece em diversas receitas, do café da manhã ao jantar. Mas o que pouca gente sabe é que essa raiz tão comum carrega um risco real à saúde quando consumida da forma errada.
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A mandioca é considerada um dos alimentos mais perigosos do mundo quando ingerida crua, devido à presença de cianeto de hidrogênio, uma substância tóxica que pode ser fatal ao ser humano. O composto está concentrado nas raízes, cascas e folhas da planta e precisa ser eliminado antes do consumo.
Perigo escondido
A variedade mais consumida no Brasil é a mandioca mansa, também chamada de mandioca de mesa. Ela contém quantidades menores do composto tóxico — cerca de 20 mg por quilo — e pode ser consumida com segurança após o cozimento simples.
Já a mandioca-brava exige mais cuidado. Com alta concentração de cianeto (aproximadamente 1.000 mg por quilo), ela não deve ser preparada de forma caseira. Por isso, passa por processos industriais antes de se transformar em polvilho, fécula ou farinha, produtos amplamente utilizados na culinária.
O que acontece se comer mandioca crua?
Mesmo a mandioca “mansa” pode causar intoxicação se for ingerida crua. Os sintomas de envenenamento incluem náusea, vômito, tontura, dores de cabeça e estômago, além de reações mais graves, como inchaço da glote e desidratação. Em casos extremos, o consumo inadequado pode levar à morte.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 200 mortes por ano no mundo são atribuídas à ingestão incorreta de mandioca.
Cozinhar é essencial
Para manter o alimento seguro e preservar seus benefícios, o cozimento correto é indispensável. Evite consumir mandioca crua em qualquer hipótese e certifique-se de que ela foi bem preparada antes de servir.