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A morte de Wagner Adriano Vieira, de 35 anos, após saltar da ponte estaiada para o rio Piracicaba, no domingo (26), gerou uma série de discussões sobre a fiscalização e possível proibição dessa prática. Relatos de frequentadores da região da Rua do Porto, principalmente nos canais oficiais do Jornal de Piracicaba, indicam que os saltos são recorrentes no local, apesar dos perigos envolvidos.
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Em muitos casos, os banhistas se arriscam a pular do alto das pontes, como a estaiada e pênsil, desconsiderando os riscos de afogamento, lesões graves e até a presença de pedras e objetos submersos.
Mesmo sendo uma atitude perigosa, nenhum órgão de segurança tem autoridade de proibir e no município não existe legislação vigente que coíba tais atos. A Guarda Civil Metropolitana disse que há placas nas margens do rio que orientam a população sobre os riscos de afogamento.
“A Guarda também realiza patrulhamento preventivo e pontos de parada por toda orla do rio Piracicaba, de ponta a ponta, da passarela pênsil até o cruzamento com a avenida Dr. Paulo de Moraes e ações pontuais com os patrulheiros do grupo ciclístico e ronda com o apoio de motocicletas”, disse. A Polícia Militar informou que “sempre orienta as pessoas a evitarem se expor em situações que causem risco à vida ou à integridade física”.
Já o Corpo de Bombeiros produz cartilhas educacionais e orienta que essa prática é extremamente perigosa. A corporação compartilha ainda para que o cidadão evite entrar em locais com corredeiras e, se a pessoa estiver embarcada, que use colete salva-vidas.
Em rios sem corredeiras, a indicação é para que a água não ultrapasse a altura do joelho. Em caso de afogamento, acione a corporação pelo telefone 193 imediatamente. O cuidado ainda é redobrado ao mergulhar em águas desconhecidas. O Corpo de Bombeiro cita que é preciso conhecer a profundidade do local antes de entrar na água, principalmente em lugares que possuem áreas com pedras, como é o caso do rio Piracicaba.
No momento do acidente de Vieira, o nível do rio era de 2,36 metros, conforme medições do Sistema de Alerta de Inundações de São Paulo (Saisp).