EXÓTICO

Tudo o que você precisa saber sobre o porquinho-da-índia como animal de estimação

Por João Paulo Silva Bombo | joao.paulo@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
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Eles desfrutam da companhia humana e podem desenvolver vínculos afetivos com seus tutores
Eles desfrutam da companhia humana e podem desenvolver vínculos afetivos com seus tutores

Apesar de seu nome, o porquinho-da-índia não tem origem na Índia e claramente não se assemelha a um porco em tamanho. Este roedor é nativo da América do Sul, em particular da região dos Andes, e é um mamífero herbívoro.

A expectativa de vida desse animal varia de três a cinco anos, mas algumas raças maiores podem viver até sete anos ou mais. Devido aos seus hábitos diurnos e natureza amigável, muitas famílias com crianças optam por adotar esses animais de estimação. Esses roedores são inteligentes e rapidamente associam sons a experiências positivas e negativas. Por exemplo, eles podem vocalizar quando sabem que estão prestes a receber comida.

No entanto, é importante entender que cuidar de um porquinho-da-índia requer atenção especial e comprometimento. Os cuidados de higiene do porquinho-da-índia dependem da pelagem do animal. Quanto mais longos forem os pelos, mais frequentemente a escovação será necessária. Além disso, uma tosa higiênica ocasional é aconselhável para evitar que os pelos fiquem sujos com fezes e urina. A limpeza da gaiola também é fundamental. Recolher os dejetos e trocar o substrato regularmente é importante para manter um ambiente limpo e saudável para seu porquinho-da-índia.

A gaiola do porquinho-da-índia deve ser espaçosa, com piso sólido evitando arame, que pode machucar o pet, forrada com serragem e feno. Além disso, é recomendável adicionar tocas e brinquedos para que ele possa gastar sua energia.

"A manutenção de um ambiente adequado é fundamental para a saúde desses animais. Eles precisam de ambientes secos para evitar problemas de pele e patas decorrentes da umidade. Algumas opções incluem a utilização de grades nas gaiolas para evitar o contato direto com fezes e urina, ou garantir que o local seja fresco e seco, com forragem seca para o conforto do animal", destaca Thiago Navarro Vilalta, médico veterinário especialista em animais silvestres e exóticos.

A dieta desses animais deve ser rica em fibras, com uma base de feno e alfafa, juntamente com capim, enquanto a ração deve representar apenas uma pequena porcentagem de sua ingestão diária. Isso ocorre porque a fermentação da ração pode resultar em acúmulo de gás, o que é prejudicial para esses animais. A ração também pode fazer com que eles se sintam saciados, reduzindo seu interesse em roer, o que é essencial para o desgaste natural de seus dentes em crescimento contínuo.

Segundo o veterinário especialista, os problemas dentários são uma das principais preocupações. Eles têm dentes em crescimento contínuo, o que significa que, se não forem cuidadosamente gerenciados, podem causar uma série de complicações. Esses problemas dentários muitas vezes levam os animais a diminuir sua alimentação ou a trocar por alimentos mais pastosos para minimizar o desconforto. Infelizmente, essa mudança na dieta pode resultar em uma acumulação de gás no sistema gastrointestinal, desencadeando problemas adicionais.

"Os primeiros sinais de problemas dentários e gastrointestinais incluem letargia, anorexia e salivação excessiva. Quando esses sinais são observados, é crucial buscar a ajuda de um veterinário especializado. O diagnóstico geralmente envolve a análise dos dentes e pré-molares, utilizando ferramentas como otoscópios e exames complementares, como radiografias. O desgaste dos dentes é necessário para garantir que o animal possa se alimentar adequadamente e evitar úlceras na boca".

Em resumo, a manutenção da saúde desses pets exige uma compreensão profunda de suas necessidades dietéticas e de saúde bucal. Atenção regular a esses aspectos e consultas veterinárias especializadas são essenciais para garantir uma vida saudável e feliz para esses companheiros únicos.

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