Com o envelhecimento, assim como acontece com os seres humanos, os pets também estão suscetíveis a desenvolverem diversas doenças que podem afetar sua qualidade de vida. À medida que entram na fase idosa, é essencial que os tutores fiquem atentos aos sinais de problemas de saúde para garantir que eles recebam o cuidado adequado.
Os avanços notáveis na medicina veterinária, com seus métodos diagnósticos cada vez mais avançados e a efetividade das medidas preventivas, têm sido determinantes para ampliar a expectativa de vida de nossos fiéis companheiros de quatro patas, tanto cães como gatos. No entanto, conforme o tempo passa, a comunidade científica tem direcionado seus estudos para determinadas doenças que tendem a se manifestar com maior frequência na fase idosa desses animais.
Segundo Mariana Agnese Bortolazzo, médica veterinária de pequenos animais, durante o envelhecimento, cães e gatos podem ser suscetíveis a várias doenças e condições de saúde. Algumas das doenças mais comuns que podem afetá-los incluem artrite e artrose, que, assim como em nós humanos, provocam desgaste nas articulações, levando a dores e dificuldade de movimentação. Além disso, problemas renais podem surgir em animais mais velhos, afetando a capacidade do corpo de filtrar resíduos e toxinas. Outra preocupação é a doença cardíaca, como a insuficiência cardíaca, que pode se desenvolver ao longo do tempo, comprometendo a saúde dos nossos companheiros de quatro patas. E não podemos esquecer das doenças odontológicas, como acúmulo de tártaro, gengivite e outras enfermidades dentárias, que podem se tornar mais prevalentes com a idade, exigindo atenção especial para a saúde bucal.
O envelhecimento é um processo natural e fisiológico que traz consigo modificações celulares progressivas, resultando em alterações fisiológicas em um ou mais sistemas orgânicos. A definição do momento em que um animal é considerado idoso varia conforme a espécie, raça, estilo de vida, nível de atividade física, alimentação e a eventual presença de doenças crônicas que possam ter se desenvolvido ao longo da vida do pet. Cada animal é único, e é essencial que tutores e profissionais veterinários estejam atentos a essas particularidades para proporcionar uma assistência adequada e personalizada na terceira idade.
"É essencial que os tutores estejam atentos a sinais que possam indicar problemas de saúde. Alguns sinais de alerta comuns incluem mudanças no comportamento, como agitação, apatia ou alterações no padrão de sono, que podem ser indícios de problemas de saúde. A perda de peso ou apetite dos animais merece atenção, pois pode ser um sintoma de doenças subjacentes que necessitam ser investigadas. Dificuldades de locomoção, como dificuldade em levantar, subir escadas ou caminhar, podem indicar desconforto e dores, enquanto vômitos e/ou diarreia frequentes podem ser sinais de problemas gastrointestinais. Também é importante estar atento a mudanças no pelo ou na pele, como alterações na qualidade do pelo ou feridas persistentes", explica Mariana.
A especialista enfatiza a importância da prevenção e check-up regular, afirmando que "a prevenção é fundamental para garantir a saúde e o bem-estar de cães e gatos idosos, e realizar consultas regulares ao veterinário é essencial para monitorar a saúde do animal e identificar precocemente possíveis problemas".
Cuidar de um pet idoso requer atenção, paciência e muito carinho. Além de estar atento aos sinais de possíveis doenças, é fundamental oferecer-lhes um ambiente seguro e acolhedor. Consultas regulares ao veterinário são indispensáveis para garantir uma avaliação completa da saúde do animal e ajustes no plano de cuidados.
Lembre-se sempre de que, mesmo na velhice, nossos animais de estimação podem continuar trazendo alegria e amor incondicional às nossas vidas. Ao oferecer-lhes o suporte necessário para uma vida saudável e confortável, retribuímos todo o amor e devoção que eles nos proporcionaram ao longo dos anos.
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