THRASH METAL

Sepultura toca hoje no Sesc Piracicaba e divulga seu mais recente álbum ‘Quadra’

Banda apresenta a turnê de ‘Quadra’ com ingressos esgotados nesta noite (20), às 20h, no ginásio do Sesc Piracicaba

Por Henrique Inglez de Souza | 20/07/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Especial para o JP

Marcos Hermes

Público verá a banda em sua melhor fase desde 1990
Público verá a banda em sua melhor fase desde 1990

Hoje (20) é dia de música pesada em Piracicaba. O Sepultura leva ao ginásio do Sesc o show que divulga seu mais recente álbum, ‘Quadra’. Com ingressos esgotados, a noitada thrash metal começa às 20h.

O público verá a banda em sua melhor fase desde os anos 1990. E isso não é um exagero. Juntos desde 2011, Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Xisto Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) entrosaram-se com perfeição cirúrgica. Isso fica ainda mais evidente com o álbum ‘Machine Messiah’, de 2017.

‘Quadra’ veio três anos depois. Trouxe um repertório conceitual, inspirado e especialmente forte. Também saiu, como se diz, redondinho. Ou seja, irretocável.

“Posso falar pelos quatro que é nossa melhor fase, musicalmente”, diz Paulo. “Todos estão empenhados. Nos sentimos superconfortáveis no palco, e isso é importante.”

O álbum saiu às vésperas de a pandemia paralisar o planeta. O Sepultura, então, se viu obrigado a suspender a turnê que faria e aguardar – uma espera de dois anos. Por outro lado, ao retomarem os compromissos, eles se deram conta de algo positivo.

“As pessoas já estavam com esse disco mais que decorado. Então, você vê o público cantando e acompanhando as músicas de cabo a rabo, o que é bem interessante. É um disco complexo, um pouquinho mais difícil de se assimilar do que os outros. Está indo superbem”, celebra o baixista.

Sabe aquele papo-furado de que o rock morreu? Vem de quem não dá a mínima ao estilo e suas ramificações, como o metal. Vem de quem jura que os estilos “vivos” se resumem às paradas das principais plataformas de streaming. Entretanto, a realidade é outra.

Pergunte a alguém que vive a coisa na pele diariamente, e terá um termômetro fiel. “Você vê a nova geração chegando, muitos adolescentes nos shows”, completa o baixista. “O heavy metal está firme, forte e se reciclando.”

Inclua aí outro bom indício, o de que a maioria das datas do Sepultura está com ingressos esgotados, como a performance desta noite em Piracicaba.

No Sesc, a apresentação deve seguir o repertório padrão da turnê, embora haja esta ou aquela alteração. Vale ressaltar que “padrão” nada tem de nostalgia nem de preguiça para definir setlist.

“Começamos a turnê tocando sete das doze faixas do ‘Quadra’. Nunca havíamos feito isso”, observa Paulo, referindo-se ao volume de novidades nos shows. “Tem umas músicas que não conseguimos tirar do repertório, senão dá briga. Mas podem aparecer surpresas. Nunca se sabe! Com essa banda, nada mais me surpreende em termos de palco.”

Escolher o que tocar deve ser missão complicada para um grupo com longos anos de estrada e diversos álbuns e clássicos cravados nos autos do thrash metal.

“Temos muito material. Daria para fazer uns cinco ou seis shows diferentes. Estamos focando no ‘Quadra’, mas tentando tocar um pouquinho de tudo.”

A longa trajetória deles caminha para um ponto-chave. O Sepultura completa 40 anos em 2024. A data não passará batida. Nos bastidores, a movimentação já é intensa pelos preparativos do que deverá ser anunciado nos próximos meses.

“É uma história bonita e cheia de altos e baixos, como todo mundo sabe. Temos que balancear tudo para fazer algo legal e representar a banda de forma digna, respeitosa”, comenta Pauli Xisto Jr., o único membro da formação original remanescente.

“A melhor parte é quando pegamos a obra que gravamos e levamos para os quatro cantos do mundo. Ainda ter pessoas querendo ver o Sepultura ao vivo é supergratificante.”

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