ARTIGO

Dor física

Por Ana Carolina Carvalho Pascoalete |
| Tempo de leitura: 3 min

Dores são formas de desconforto físico e estão relacionadas ao bem estar físico e emocional dos seres humanos. Muitos novos estudos apontam que alguns tipos de estresse psicológico podem ser responsabilizados por desencadearem processos inflamatórios temporários ou prolongados, podendo provocar a dor crônica.

Pesquisas em Psicologia da Universidade da Califórnia apontaram descobertas que os circuitos neurais para a dor física e emocional se sobrepõem apontando uma variedade de metodologia entre movimentos psíquicos e genética, ou seja, a região conhecida como parte da rede da dor do cérebro é a mesma estimulada quando ocorre um ferimento. Desta forma sentimentos como tristeza, estresse, tensão, medo e insegurança podem manifestar-se no corpo humano, e a falta de suporte emocional adequado muitas vezes está por trás das dores que sentimentos.

Alguns exemplos como: nas costas, que pode ser desencadeada pelo sentimento de rejeição, dores de cabeça podem ser um sinal de sobrecarga, relaxar pode ser uma maneira de iniciar o tratamento, dores no pescoço podem ser desencadeada por dificuldade de perdoar, dores no ombro podem estar relacionada a muita cobrança ou responsabilidade excessiva, dores de estomago sem ser um processo inflamatório gástrico, podem estar relacionado ao estresse e tende a passar quando o emocional se equilibra, dores de garganta podem indicar dificuldade em expressar determinadas situações, dentre muitas outras.

Por intermédio do autocuidado é possível evitar que as dores se prolonguem ou tornem-se sequelas emocionais permanentes, porém há casos em que as dores físicas podem influenciar muito na saúde psíquica e física, estagnando ou paralisando um indivíduo, pois quando se torna crônica pode limitar o indivíduo, impedindo em realizar várias tarefas corriqueiras.

Vivemos em uma sociedade que nos estimula independência e as dores físicas acabam por nos tornar dependentes, tanto de outros indivíduos, quanto da própria dor, e o humor pode se alterar, pois a dor paralisa e a dependência incomoda, alterando o bem estar dos indivíduos que sentem dor e dos demais com quem convivem, gerando um forte impacto no processo de somatização e no emocional. E como lidar com as emoções e sentimentos diante de um processo de dor crônica, como viver refém das dores, com ansiedade, mal estar, frustração, desespero e sentimento de impotência mediante uma solução. As dores podem ser psicológicas, nociceptivas ou mistas e o estado psicológico de um paciente influência no resultado do tratamento e também através das palavras verbalizadas e utilizadas, é importantíssimo que o paciente entenda que a dor não é um estado permanente e que existe possibilidades de cura.

Quando a pessoa acredita que sentirá dor em algumas situações é provável que ela realmente sinta, sendo necessário mudar a forma de enxergar a situação para que a melhora possa acontecer, também é necessário saber sobre os impactos do uso medicamentoso no organismo e consciência de que o alivio não pode ocorrer somente com sua ministração. Tratar a dor seja ela psicossomática ou nociceptiva não é uma tarefa fácil, e caso persista o paciente terá dificuldades em sua rotina, além de prejudicar o processo de reabilitação.

 Então entender a maneira de encarar a dificuldade, ajudará o indivíduo a encontrar maneiras de favorecimento do alivio da dor, portanto é necessário aderir um processo de autoconhecimento para encarar situações como as citadas, podendo ser o início para a superação desse percurso desafiador com sensatez e tranquilidade. Todos os seres humanos estão suscetíveis a experienciar dificuldades como dores intensas, mas podemos alterar hábitos e promover mudanças com coragem e humildade, reconhecendo que podemos aceitar ajuda e viver a restauração, pois a dor nada mais é que um aviso de algo errado no corpo. Então entender e encarar o problema é a melhor maneira de caminhar em busca da cura.

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