
Coelhos e lebres são animais de fauna exóticas, trazidos da Europa para o Brasil e que se tornaram animais da nossa fauna silvestre, passando de espécies exóticas para espécies livres.
São animais muito carismáticos, inteligentes, sociáveis e precisam de tantos cuidados quanto de muito carinho da família que irá adotá-los. São considerados pets silenciosos e ocupam pouco espaço, e suas diversas raças atendem todos os gostos. Além disso, são ótimos companheiros se tiverem a oportunidade de interagir com humanos e outros animais de estimação.
Ao contrário do que muitos pensam, eles não são roedores, mas sim lagomorfos. Ou seja, os coelhos, como as lebres, pertencem à ordem Lagomorpha e à família Leporidae. Portanto, eles são considerados mamíferos herbívoros.
Além disso, suas características proeminentes são suas orelhas e membros posteriores alongados, que são capazes de correr por curtos períodos de tempo. Quando estão em estado de alerta, ou seja, quando há predadores como gaviões, corujas, onças e raposas, usam a estratégia de se esconderem em tocas.
Tal como acontece com cães e gatos, não existe uma única raça de coelho de estimação. Na verdade, mais de 50 raças são reconhecidas atualmente, incluindo pequenas, médias e grandes. Isso significa que se têm muitas opções, sendo as mais comuns em lares os Lion, os Mini Lion e os Fuzzy. Possuem também a variação de coelhinhos de pelo curto e longo, com orelhas para cima, caídas e muitas outras características diferentes.
Para mantê-los em nossos lares, Thiago Navarro Vilalta, médico veterinário especialista em animais silvestres e exóticos, explica que é preciso ter uma gaiola de manutenção.
“É necessário que se tenham gaiolas ou mesmo um viveiro onde possam ficar. Que o fundo seja de gradinha estreita para evitar que eles enrosquem os pezinhos, mas que não tenham contato com o fundo, onde farão suas necessidades. O contato com a urina e as fezes podem causar problemas na pele do animal, micoses e infecções”.
A alimentação desses animais é basicamente ração, junto de frutas e legumes. A ração, conhecida também como alimento extrusado, deve compor a menor parte de sua dieta. Verduras de folhas escuras, legumes crus e frutas devem ser servidos em suas refeições diárias. “A ração, ao contrário do que pensam, éamenor porção que deve ser servida, assim como frutas e legumes. A parte de verduras, alfafa, feno e capim, compõe quase 80% da dieta dos coelhos”, explica Thiago.
Por mais básicas que sejam, as vacinas anuais muitas vezes podem sobrecarregar o orçamento daqueles que optam por manter um cachorro ou um gato. Os coelhos, por outro lado, ainda não têm vacina aprovada no Brasil, o que ajuda a reduzir os custos. No entanto, isso não significa que a saúde do animal seja ignorada. É recomendável levá-lo ao veterinário a cada seis meses para check-ups. Atenção à desparasitação eàcastração, que podem ajudar a prevenir as fêmeas de doenças que vão desde tumores até gravidez psicológica. Os coelhos são conhecidos pelas gestações volumosas, por isso, esses cuidados não podem faltar.
Todos os cuidados eaatenção que o animal irá precisar deve ser levado em conta antes de adotá-los. Isso porque, em época de Páscoa, como agora, esses animais são, muitas vezes, dados de presentes para alguém que não poderá cuidar corretamente.