CENTENÁRIO

Paróquia Bom Jesus completa 100 anos e fecha cápsula do tempo

Por Fernanda Rizzi | Jornal de Piracicaba
| Tempo de leitura: 3 min
Alessandro Maschio/JP

Neste domingo (4), a Paróquia Senhor Bom Jesus do Monte completou 100 anos de criação. Para celebrar essa data importante, o pároco Mauro Bombo (SDB) preparou uma programação com o tríduo que se encerrou hoje, com a missa de celebração e o fechamento da cápsula do tempo, que será aberta apenas em 2072, daqui a 50 anos.

Durante a solenidade foi guardado atrás do altar a cápsula do tempo com cartas escritas pelos fiéis, livro ouro de todos aqueles que colocaram seus nomes e ajudaram na confecção dos vitrais da igreja, jornais que publicaram noticias sobre o centenário (incluindo edição do JP!), máscaras com bilhetes para explicar os anos pandêmicos, pendrives com fotos, e será deixada uma placa de inox com a escritura para a aberta somente no ano de 2072.

“É um momento de muita alegria e de gratidão a Deus, as pessoas que colocaram aqui as suas vidas à disposição do bem e, também, gratidão a nossa querida e amada Piracicaba”, comenta o pároco Mauro Bombo.“Quem ainda estiver vivo, rezem Ave Maria para nós que, certamente, já teremos ido”, brinca e completa ele.

HISTÓRIA

No dia 6 de agosto de 1918, solenidade da Transfiguração do Senhor, foi lançada a pedra fundamental da modesta capela do Bom Jesus, pertencente à Paróquia de Santo Antônio, em Piracicaba, e inaugurada no ano seguinte. No dia 4 de dezembro de 1922, por decreto de Dom Francisco de Campos Barreto, segundo bispo de Campinas, foi então criada a Paróquia Senhor Bom Jesus do Monte, tendo como primeiro pároco o padre Lázaro de Sampaio Mattos, cujo sucessor foi o padre Henrique Nicopelli.

Em 1925, na administração do padre Mário Montefeltro, começou a construção da atual Igreja Matriz. Em 1932, a majestosa imagem do Cristo Redentor foi solenemente colocada no alto da torre da igreja localizada em uma das colinas da cidade, durante o pastoreio do padre Francisco Borja do Amaral, depois bispo de Lorena e Taubaté. Na sequência foram párocos os padres Vicente Rizzo, Francisco Machado e João Batista Martins. Finalmente, em 1° de maio de 1938, a Igreja Matriz foi oficialmente inaugurada, enquanto dirigida pelo monsenhor Martinho Salgot, pároco que permaneceu por 36 anos à frente da comunidade, desde 18 de outubro de 1935. Em 1971, assumiu a paróquia monsenhor José Nardin.

A partir de 31 de janeiro de 1972, Dom Aníger Francisco de Maria Melillo confiou a paróquia aos cuidados dos padres salesianos, assumindo como pároco o padre Otorino Fantin. Depois vieram os padres Antônio Corso, Reynaldo Zaniboni Netto, Hugo Guarnieri, novamente o padre Reynaldo, Aramis Francisco Biaggi, José Cipriano Ramos Filho, Essetino Andreazza e Antônio Célio Costa Francisco.

Do território dessa paróquia foram desmembradas as paróquias São Judas Tadeu, Santa Cruz e São Dimas, Santa Catarina, Nossa Senhora Aparecida e parte da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, todas em Piracicaba.

Pároco atual, o padre Mauro Bombo tomou posse no dia 19 de janeiro de 2019. Atualmente a paróquia possui além da Igreja Matriz, prédio tombado em 2002 pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba), as capelas: São João Bosco, localizada no Colégio Dom Bosco-Cidade Alta; São Miguel Arcanjo, no Cemitério da Saudade; e São Domingos de Gusmão, no bairro dos Alemães.

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