Feromônio sintético ajuda a deixar gatos mais tranquilos; saiba os benefícios e quando usar

Por Laís Seguin |
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Odores liberados são a maneira que eles têm de se comunicar. É possível utilizá-los para seu bem-estar

Assim como nós humanos temos a linguagem como forma de se comunicar, os gatos também tem seu próprio jeito de realizar essa troca e não é por meio do miado. Os feromônios são informações olfativas liberadas por glândulas espalhadas pelo corpo do animal. É como se, ao invés de reconhecer a voz de alguém, você soubesse qual perfume a pessoa usa e, ao percebê-lo no ambiente, de acordo com a marca e cheiro, entenderia a mensagem que quer passar.

No caso dos bichanos, essas glândulas são encontradas nas áreas genitais e em localidades sob a pele das patas, bochecha, queixo, cabeça, base da cauda, mamas, entre outras. “Eles liberam esses odores através de arranhadura e ao esfregar a área do corpo em pessoas ou objetos. Além da marcação de território, demostra que eles se sentem seguros e confortáveis no local”, explica Luciana Pithon, médica veterinária especializada em felinos.

Hoje em dia é possível encontrar mimetizações desse hormônio. De forma sintética, os produtos recriam o odor facial felino (F3), responsável por gerar segurança, conforto, tranquilidade e sensações de bem-estar ao pet.

Um gato que se sente seguro é um animal mais saudável, por isso, os feromônios são bem-vindos na adaptação dos pets, na apresentação de novos acessórios e até mesmo no adestramento felino.

“Com a ajuda deste produto, os tutores auxiliam seus bichanos, tanto os filhotes, quanto os adultos a lidarem com situações estressantes como mudança de ambiente, chegada de novos membros da família, fogos de artifício, festas, eventos, mudanças de móveis, introdução de um novo pet, marcação urinária, arranhadura e, principalmente, para as visitas na clínica veterinária”, garante Luciana.

É possível encontrar opções que variam entre R$ 100 a R$ 300, a depender da quantidade de líquido presente na embalagem. Existem modelos em sprays e outros que funcionam como um difusor de ar, que solta o odor no local sem parar. O ideal é sempre procurar um médico veterinário antes de colocar a novidade em prática, dessa forma, você e seu pet ficarão mais seguros e ainda mais relaxados.

Juliana Damasceno, doutora em psicobiologia com atendimento focado em comportamento e bem-estar felino, alerta: feromônio não faz milagre. Ainda que seja um grande avanço e ajude na resolução de diversos problemas relacionados ao comportamento felino, nem sempre ele será o suficiente para tratar traumas, brigas ou questões internas do pet. “Ele ajuda, mas não trata. O feromônio é uma terapia complementar, assim como florais, por exemplo. Ainda que os use, o paciente deve trabalhar na causa e realizar a adaptação, por isso, é imprescindível que haja um tratamento com um médico veterinário”, finaliza.

Laís Seguin
lais.seguin@jpjornal.com.br

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