
Quando pensamos em ilhas para turismo, logo se tem a ideia de estar flutuando em meio ao mar longe do continente como, por exemplo, o Havaí. Contudo, o Brasil possui diversas ilhas em sua encosta, além de algumas dentro do continente devido à quantidade enorme de rios que passam por todo o país. Hoje a Arraso+ vai falar da maior ilha fluviomarinho do mundo (quando o pedaço de terra é banhada tanto por águas fluviais quanto por oceânicas): a Ilha de Marajó.
Situada ao norte do Pará e a 140 km de Belém, a Ilha de Marajó é um lugar perfeito para quem gosta do turismo cultural e ecológico, possuindo desde praias salgadas a praias fluviais, pequenos museus sobre o povo indígena que morou e mora na ilha, além da famosa Rota do Queijo.
COMO SE PROGRAMAR
Antes de qualquer coisa é preciso avisar que não é possível reservar nenhum passeio ou viagem antecipada a sua chegada. Para você chegar na ilha é necessário comprar passagens pessoalmente no terminal hidroviário e, como não vão muitos barcos para ilha, o ideal é chegar dois ou três dias antes da ida para Marajó para comprar os bilhetes e não se esqueça de comprar já o bilhete da volta ou você pode acabar ficando preso na ilha por não ter mais lugar vago nos barcos
Feito isso, existem dois tipos de viagens de barco que as companhias de transporte vão te apresentar: uma de lancha expressa que vai direto para a cidade principal da ilha, Soure; caso não tenham mais passagens você pode ir de barco fluvial e parar na cidade de Salvaterra e de lá pegar uma van ou carro para chegar em Soure.
Outra dica importante é que a Ilha de Marajó, não pega sinal de celular e não tem ônibus. A forma do turista se locomover lá é por meio de táxi ou carro alugado, por isso a importância de se programar com antecedência para que não se perca ou fique preso em algum lugar.
PRAIAS
Depois de toda essa aventura para chegar, o resto é mais simples. Você pode somente relaxar nas beirada das praias, tanto as águas do rio quanto as do mar são bem limpas, mas as dos rios vale ressaltar que são mais frias, algo que chega a ser bem refrescante visto que a menor temperatura que essa ilha já chegou foi acima dos 20ºC.
Existem bastantes iguarias locais para se experimentar, desde a comida nortista até os pratos indígenas. Uma curiosidade é que essa ilha já era povoada por nativos desde o ano 400.
ROTA DO QUEIJO
O turismo gastronômico vai além das praias. A Rota do Queijo é famosa por ser um passeio sobre as reservas de mangues e a passagem dos búfalos. Existem tantos búfalos na ilha para a produção de queijo e outros derivados que a média é de 3 búfalos por habitante da ilha. Dependendo do pacote previamente pago (sim, será necessário chegar um dia antes na fazenda para comprar o passeio) você vai poder fazer um passeio guiado, provar as comidas preparadas com o leite de búfala e ainda atravessar o rio montado no animal.
Existem muitas curiosidades e lendas que a ilha também possui e o clima em sua maior parte do tempo é bom e úmido. A dica mais importante é sempre se manter atento aos horários e bilhetes a serem comprados para que o não se tenha estresse em um momento de relaxar.
Larissa Anunciato
larissa.anunciato@jpjornal.com.br
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