
"Não fechou diagnóstico".
As palavras são de Juliana Ceconi, de 33 anos, mãe do menino Bryan Schroll, de 9 anos, que morreu após sentir-se mal na escola municipal José Sant’Anna de Souza, na Chácara Flórida, em Taubaté. Após dois meses, a família ainda aguarda respostas sobre o que tirou a vida do garoto. O exame patológico feito no corpo de Bryan não apontou nenhuma doença preexistente ou condição médica que explique a morte do estudante.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
Já o laudo do exame toxicológico descartou envenenamento e apontou a presença de medicamentos (ver aqui).
"Não fechou diagnóstico [da causa da morte], está tudo muito aberto. O que eu quero é justiça, porque a escola ignorou o meu filho, isso que dói no meu coração, para mim o que faltou desde o início, o que eu brigo, é a desatenção. O que eu quero é que a escola seja responsabilizada, pela falta de atenção", afirmou a mãe.
A família cobra respostas sobre o atendimento prestado ao garoto ainda na unidade escolar.
"A escola ignorou o que estava acontecendo com o meu filho", declarou a mãe. "Bryan estava agonizando de dor", segundo Juliana, que viu os vídeos das câmeras de vigilância da escola.
O laudo do exame toxicológico apontou a presença de medicamentos no corpo de Bryan. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (10).
O exame, feito pelo Núcleo de Toxicologia Forense do IML (Instituto Médico Legal) detectou a presença de três substâncias no organismo da criança: midazolam, cetamina e norsetamina — todos medicamentos anestésicos e sedativos comumente utilizados em ambiente hospitalar.
O laudo indica que as substâncias foram aplicadas no hospital, para onde Bryan foi levado após sentir-se mal. O documento descarta a presença de álcool, drogas ilícitas, praguicidas ou qualquer substância volátil no sangue, afastando a hipótese de envenenamento ou contaminação externa. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Na avaliação da família, o laudo não encerra a investigação e novos exames complementares devem ser realizados. A família, que acompanha de perto cada etapa do processo, espera por um diagnóstico definitivo.