IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Adolescente agarra e tenta tirar roupa de aluna de escola estadual de São José, diz mãe

Caso de importunação sexual foi registrado na Polícia Civil e denunciado à Diretoria de Ensino; com medo de assediador, mãe tenta transferir filha para outra escola da cidade

Por Xandu Alves | 23/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos

Reprodução

Caso foi registrado na Polícia Civil
Caso foi registrado na Polícia Civil

Uma estudante de 14 anos vem sofrendo assédio e importunação sexual de um colega de classe, também adolescente, em São José dos Campos. Os dois são alunos do 9º ano da escola estadual Edera Irene Pereira de Oliveira Cardoso, no Jardim São Judas Tadeu, região sudeste de São José.

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A mãe da aluna registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil denunciando o adolescente, que teria tentado agarrar e tirar a roupa da estudante na saída da escola. A menina está traumatizada, tomando remédios e com medo de sair de casa.

Segundo a mãe, o problema começou no final do ano passado e continua neste ano, com o adolescente assediando a jovem mesmo dentro da escola.

Ela relatou que o assediador é um jovem problemático e que usa a força física e a ameaça para amedrontar a jovem, que não tem ido às aulas com medo do colega. “Registrei o boletim de ocorrência porque a intenção é evitar que ele faça coisa pior com a minha filha”, afirmou a mãe. “Estou com muito medo e não sei o que fazer”.

“Estou fazendo isso agora pra evitar algo pior, mas ele [assediador] já falou que não tem medo de polícia. Minha filha está com crise de ansiedade, tem medo de sair sozinha, rendimento na escola caiu e ele não está indo nas aulas. O problema maior é na saída da escola.”

TRANSFERÊNCIA

Preocupada com a saúde física e mental da filha, que está desde o 6º ano na escola estadual Edera Irene, a mãe pediu a transferência dela para outra escola estadual de São José.

Nesta terça-feira (23), ela participou de reunião na Diretoria de Ensino de São José dos Campos sobre a transferência de unidade. “Ofereceram uma escola na zona sul, mas é longe de casa e é de tempo integral. Estamos tentando vaga de jovem aprendiz para ela, o que não daria com o tempo integral”, disse a mãe.

Uma alternativa seria matricular a jovem em uma escola municipal, o que esbarra na falta de vagas. “Liguei na escola [municipal] e mandaram fazer inscrição e que uma vaga abriria até o final do ano. Mas aí pode ser tarde. Minha filha é boa aluna, sem reclamação. Ano que vem ela vai para o ensino médio”.

A mãe também cobra providências da direção da escola estadual Edera Irene para que a filha não seja vítima de um crime sexual cometido por outro estudante. “Esse aluno está dando problema na escola, mas tem que haver uma solução, porque a situação pode ser muito pior”.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Educação disse que “repudia toda e qualquer forma de assédio dentro o fora do ambiente escolar”.

“Diante das acusações, a equipe da unidade acionou os órgãos de segurança e o Conselho Tutelar. A pedido da responsável, a aluna foi transferida de escola. No âmbito escolar, o estudante irá acompanhar as aulas de forma remota durante uma semana, conforme deliberação do Conselho Escolar”, disse a pasta.

Que completou: “A Supervisão de Ensino e a equipe regional do Conviva (Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar) acompanham o caso e irão elaborar estratégias de ações para conscientização de toda comunidade escolar. A Diretoria de Ensino de São José dos Campos está à disposição da comunidade para esclarecimentos”.

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2 COMENTÁRIOS

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  • Rita
    25/04/2024
    Essa menina tem que tomar cuidado no caminho de ida e volta da nova escola, td indica que esse garoto pode sim, perseguir ela lá tb.
  • Cristina
    24/04/2024
    ????