Ao menos duas ocorrências foram registradas recentemente envolvendo vítimas de São José dos Campos, a mais recente delas na última quinta-feira (18), quando um funcionário de um mercado no Jardim Santa Luzia, região sudeste de São José, foi arrebatado por sequestradores.

Ele foi sequestrado durante viagem ao Ceagesp de São Paulo e ficou horas nas mãos dos criminosos, vivendo momentos de terror. Os criminosos ligaram para o dono do mercado e pediram R$ 10 mil para libertar a vítima, valor que depois caiu para R$ 7 mil. Um vídeo foi enviado ao empresário com imagem do funcionário encapuzado e sob a mira de uma arma de fogo.

“Esse tipo de crime tem acontecido na região de Guarulhos, e não é o primeiro caso com vítimas da região que os bandidos atacam. Tivemos outro caso semelhante a esse na região de Guarulhos, com outra empresa de São José. O motorista ficou retido, não houve pagamento e depois ele foi libertado”, disse um policial civil do Vale.

MODUS OPERANDI

Os dois crimes são muito semelhantes. As quadrilhas rendem o funcionário e pedem um valor para libertá-lo. Para a polícia, porém, os principais alvos do crime são a carga e o veículo das empresas. Esses são roubados enquanto a "negociação" do sequestro se desenrola. Horas depois, o motorista é liberado e o veículo é abandonado após ser “depenado” pela quadrilha.

Foi exatamente o que ocorreu nos dois casos de São José. O funcionário do mercado foi libertado na região de Mogi das Cruzes e o veículo foi localizado em Ferraz de Vasconcelos, todo “depenado”.

“Os ladrões são daquela região de Guarulhos ou da Grande São Paulo. No outro caso que acompanhamos, ele foi pego na região de Guarulhos. Investigamos e ele não estava sendo seguido [desde o Vale]. O pessoal está pegando pelas características do veículo”, afirmou o policial.

“O interesse é pela mercadoria e pelo veículo, que eles tiram tudo o que tiver de valor. Então, eles seguram o motorista para dar tempo de “depenar” o veículo. A partir do momento que depenam, liberam o condutor. No outro caso também não foi pago [o valor da extorsão] e o motorista foi liberado depois que eles garantiram o roubo.”

Como os crimes ocorreram na região de Guarulhos, a investigação irá correr em delegacia da cidade ou por distrito da capital paulista. Imagens de câmeras de monitoramento já estão sendo buscadas para tentar identificar a quadrilha.

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