O caso veio à tona na última segunda-feira (8), quando um grupo de alunas, acompanhadas por seus pais, foi à DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) denunciar que um funcionário terceirizado da escola, de 55 anos, que estava oferecendo balas e pirulitos às adolescentes, pedindo em troca para tocar o corpo delas. O relato da aluna de 12 anos, que abre essa reportagem, não estava incluso na denúncia original, trata-se de um novo caso.

A mãe da vítima integrou o grupo que protestou na manhã de sexta-feira (12) em frente à escola, cobrando mais segurança e transparência da unidade. De acordo com o depoimento da mãe, feito ao repórter Leandro Vaz, ela soube do abuso na terça-feira, um dia após a denúncia de outras alunas à Polícia Civil.  Segundo o relato, o funcionário, que trabalhava no setor de limpeza e foi afastado após a denúncia, chamou a estudante de 12 anos para ir até um "quartinho".

Inicialmente, a menina estava reticente em falar do caso, contou a mãe. “Ela [filha] me falou: ‘mãe ele já me deu doce. Sim, ele já me deu bala’. Eu falei: ‘e aí, mais alguma coisa?’ Ela falou ‘não, só isso. Ele me chamou para ir até uma sala junto com uma colega minha, mas minha colega não foi e eu fui sozinha. E chegando lá, ele me deu a bala. Me abraçou, eu virei de costas e fui embora’", contou a mãe. 

No dia seguinte, na escola, a filha contou que também havia sido vítima do funcionário. "Aí no dia seguinte, eu fui chamada pela escola informando que ela [filha] tinha relatado para a coordenação o que tinha acontecido com ela. Então eu soube pela escola que tinha ido mais além. Ele chamou ela dentro do quartinho e após ele dar doce para ela, ele deu um tapa no bumbum dela, passou a mão nos seios dela, e também encostou o órgão sexual nela. Então, aí eu soube através da escola esse ocorrido”, disse a mãe.

Por meio de nota, a Prefeitura de São José dos Campos diz “que colocou à disposição dos pais interessados uma equipe técnica da Secretaria de Educação e Cidadania para esclarecer as dúvidas e tomar as providências necessárias”. O caso está sendo investigado pela DDM. Preso na última segunda, o funcionário teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

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