DOR DA VIOLÊNCIA

'Com você até o último dia', prometeu Yasmin ao filho; ela foi morta diante das crianças

Nas redes sociais, Yasmin fazia declarações de amor às crianças -- ela tinha um menino de 8 anos e duas meninas, de 2 e 13 anos. 'Você é um grande presente de Deus', escreveu

Por Da redação | 25/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Cruzeiro

Reprodução

Yasmin fazia declarações de amor aos filhos nas redes
Yasmin fazia declarações de amor aos filhos nas redes

"Com você até o último dia da minha vida".
Em uma frase curta, uma declaração de amor que mostraria-se premonitória.

A lojista Yasmin de Cássia Velloso Moraes, de 28 anos, que na postagem aparece segurando o filho pequeno no colo, foi morta a tiros dentro de casa no último dia 19, em Cruzeiro, quando dois homens encapuzados invadiram a residência e a executaram à queima-roupa. Ela foi assassinada na presença de dois de seus três filhos.

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Nas redes sociais, Yasmin fazia declarações de amor às crianças -- ela tinha um menino de 8 anos e duas meninas, de 2 e 13 anos. "Você é um grande presente de Deus, que nos tem dado tantas e tão grandes alegrias. Estamos eternamente gratos a nosso Senhor Jesus por ter você na nossa vida", escreveu a mãe para a filha mais nova.

O xodó de Yasmin era a primeira filha. "Parabéns minha primogênita, que Deus e nosso Senhor Jesus possa te guiar no melhor caminho, saiba que eu sempre vou estar com você, minha mocinha, meu orgulho. A mãe te ama mais do que tudo nesse mundo", comentou a mãe coruja, orgulhosa de sua "mocinha".

O CRIME.

Muito além das frias estatísticas, que colocam o Vale do Paraíba no topo da violência em São Paulo, esta é a história da mulher morta a tiros dentro da própria casa na noite de terça-feira (19) em Cruzeiro, a cidade a mais alta taxa de homicídios do estado.

O corpo de Yasmin foi sepultado nesta quarta-feira (20) no Cemitério Santa Cruz, sob forte comoção. A vítima, que trabalhava em uma loja no centro de Cruzeiro, era uma mãe dedicada e uma pessoa querida na cidade.

O crime aconteceu na rua Vereador Aurélio Garcês Novaes, no Itagaçaba, um bairro que é palco de uma guerra entre gangues e refém do medo.

De acordo com as informações do boletim de ocorrência, dois homens encapuzados chegaram em uma moto, invadiram a casa de Yasmin e dispararam contra ela. A vítima foi atingida por dois tiros na cabeça, um na axila direita e um na coxa esquerda, não resistindo aos ferimentos. Dois filhos de Yasmin estavam na casa.

O namorado de Yasmin, que estava na residência, foi atingido por dois tiros -- um de raspão no tórax e outro no antebraço esquerdo. Mesmo ferido, ele saiu da casa e dirigiu a sua moto até a Santa Casa, onde foi socorrido. Ninguém foi preso. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

VIOLÊNCIA.

Foi o segundo assassinato ocorrido no bairro em menos de uma semana. Na noite do dia 16, Eli da Silva Moreira Júnior, de 43 anos, foi morto a tiros por um homem encapuzado em um ponto de ônibus no bairro. A filha da vítima, em postagem nas redes sociais, lamentou a morte do seu 'pai herói'.

De acordo com a polícia, uma guerra entre guangues está por trás da violência no Itagaçaba.

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