CASO NICOLAS

Investigado por morte de ex-jogador da Águia é ouvido pela polícia e liberado em S. José

'Não havia mais situação de flagrante e não havia ordem judicial para a prisão, então ele foi ouvido e liberado, ficando à disposição da Justiça agora', disse o delegado do caso

Por Da redação | 18/03/2024 | Tempo de leitura: 4 min
São José dos Campos

Reprodução

Nicolas foi morto com uma cadeirada na cabeça
Nicolas foi morto com uma cadeirada na cabeça

Investigado pela morte de Nicolas Eduardo Leal Ramos, ex-jogador da Águia do Vale, o suspeito E.S.S., 23 anos, foi ouvido pela Polícia Civil e liberado na tarde desta segunda-feira (18). O caso aconteceu no distrito de Eugênio de Melo, na zona leste de São José dos Campos, na noite da última quarta-feira (13), quando o ex-atleta morreu após uma briga com E.

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Com exclusividade, OVALE ouviu a versão de E. no último domingo, um dia antes dele se apresentar à polícia. À reportagem, ele afirmou que não teve intenção de matar Nicolas. "Jamais imaginei que ia chegar a matar ele. Estou arrependido do que aconteceu, vou deixar que a justiça seja feita", afirmou E, que foi à polícia acompanhado pelo advogado.

O nome de E. foi identificado pelo setor de homicídios da Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais). Na última sexta-feira, de acordo com a polícia, o advogado do suspeito procurou a delegacia e informou que E. se apresentaria nesta segunda-feira.

"[E.] Informou que sua atual namorada é ex da vítima Nicolas, que não aceitava o fim da relação, confessou que houve uma briga entre ambos e que durante a briga teria agredido a vítima com uma cadeira, porém negou a intenção de matá-la. Não havia mais situação de flagrante e não havia ordem judicial para a prisão, então ele foi ouvido e liberado, ficando à disposição da Justiça agora", disse o delegado Neimar Camargo Mendes, responsável pelo caso.

EXCLUSIVO.

Em entrevista exclusiva concedida a OVALE, o homem investigado pela morte de Nicolas, de 22 anos, contou a sua versão sobre a briga que terminou em tragédia na noite da última quarta-feira.

E., que ainda não havia sido ouvido pela polícia, afirmou à reportagem, por meio de mensagens de áudio e textos via WhatsApp, que não teve intenção de matar Nicolas. Os dois se envolveram em uma briga, por volta das 23h30 da quarta-feira, e E. pegou uma cadeira e atingiu a cabeça do ex-atleta. Nicolas foi socorrido pelo pai, mas não resistiu aos ferimentos.

Nicolas havia sido namorado da atual companheira de E, há quatro anos. De acordo com a versão do investigado, o ex-jogador já teria feito ameaças à ex-namorada. Por isso, E. e Nicolas já teriam conversado e, aparentemente, colocado um ponto final no problema entre eles. No entanto, segundo E., no domingo (dia 10) anterior à morte, Nicolas teria assediado a jovem novamente.

Já na última quarta-feira, quando dava carona para dois amigos, acompanhado pela namorada, E. viu Nicolas bebendo na esquina de sua casa com um colega e decidiu parar para conversar. Houve um novo desentendimento, que levou a uma briga.

"No último domingo, ele mexeu com a minha namorada, assediou ela, seguiu ela. Aí na quarta-feira, estávamos eu e ela no carro e dois colegas me pediram carona, aí fui levá-los e encontrei com o Nicolas no caminho. Aí, eu parei, fui conversar com ele. Só que em momento algum os meus colegas que estavam no carro entraram no meio. Eu estava conversando com ele, provavelmente ele estava alterado, com certeza devia ter usado alguma droga, pelo jeito que ele estava. Aí a gente estava conversando, ele começou a falar umas bobeiras, umas palavras a mais, e resultou que a gente saiu em agressão corporal, mas só eu e ele, ninguém entrou no meio para segurar ele, nada, foi entre eu e ele só. Aí tinha uma cadeira na calçada e acertei a cadeira nele, jamais imaginava que ia chegar a matar ele", contou E. à reportagem de OVALE.

Após agredir Nicolas com a cadeira, o investigado fugiu do local. O caso aconteceu na rua Augusto Ferreira Vinhas e o ex-jogador foi levado pelo próprio pai ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. "Em nenhum momento eu tive a intenção de matar ele. Fiquei sem reação na hora e me evadi do local", afirmou E. à reportagem de OVALE.

E. disse ainda que ele e a companheira têm sofrido ameaças. "Estou arrependido do que aconteceu, vou deixar que a justiça seja feita", declarou à reportagem.

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