
A exposição ‘Villa Bella - Memória iconográfica de uma bela Ilha (Ilhabela – 1900-1980)’ ultrapassou fronteiras e chega a um dos principais espaços de cultura da capital paulista.
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Entre 26 de março e 30 de abril, a mostra poderá ser vista no MIS (Museu da Imagem e do Som), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo.
Organizada pela fotógrafa paulistana Maristela Colucci e com textos da jornalista Camila Prado, a exposição reúne 69 imagens retratando momentos do passado que permeiam a cultura e a vida dos moradores de Ilhabela, marcando especialmente a transição de Villa Bella para Ilhabela.
LITORAL NORTE.
Após a estreia na cidade de São Paulo, que conta com visita guiada com as idealizadoras no dia da abertura, a mostra vai passar pelo Teatro Municipal de Ubatuba, entre 17 de maio e 8 de junho, e depois segue para Caraguatatuba, onde poderá ser vista no Museu de Arte e Cultura, de 20 de junho a 20 de julho.
O material iconográfico abrange registros entre 1900 e 1980, período que coincide com a evolução da fotografia e com a consolidação de uma cultura múltipla e complexa dentro do arquipélago.
A partir da década de 1990, ao mesmo tempo em que há uma grande mudança na captação e no compartilhamento de fotografias, vê-se o turismo de massa se intensificar e interferir em hábitos locais, descaracterizando ambientes, geografia e modo de vida tradicional caiçara.
PESQUISA.
A exposição é fruto de uma profunda pesquisa sobre essa pluralidade cultural. Durante o processo, Maristela Colucci deparou-se com acervos particulares de famílias caiçaras e dos primeiros imigrantes e veranistas.
As imagens cedidas para integrar a exposição foram organizadas por eixos temáticos: Travessia, Bem-vindos, Casamentos, Retratos, Economia, Engenhos, Cotidiano, Carnaval, Religião, Curiosidades, Educação, Congada, Arquitetura, Pesca e Natureza.
“Os 15 eixos estabelecidos foram surgindo aos poucos, para assim costurar a história da ilha. Na edição, privilegiei a arte da fotografia e o registro histórico. A pesquisa nos mostrou claramente que ainda há muito terreno a garimpar”, disse Maristela.
FOTOGRAFIAS ANTIGAS.
Ao longo da jornada de pesquisa e concepção da mostra, foram encontradas diversas fotografias em papel – cujos negativos se perderam –, armazenadas em caixas, álbuns e, algumas poucas, emolduradas.
No caso dos slides, a conservação não era ideal e as imagens apresentavam marcas de manuseio e fungos. A maior surpresa foi encontrar daguerreótipos feitos nas décadas de 1920 e 1930.
A jornalista Camila Prado é a responsável pelo mergulho na história do arquipélago. De posse das imagens selecionadas, ela realizou a pesquisa que resultou nos textos e legendas da mostra.
O texto principal conduz o espectador pela Ilhabela, desde seu nome em Tupi, nos tempos de ocupação indígena, até a transição de uma Ilhabela caiçara, no início do século 20, ainda com traços coloniais e base econômica na agricultura da cana, do café e na pesca, para uma Ilhabela mais urbana, com estradas de acesso, balsa, carros e veranistas.
Já as legendas, informativas e leves ao mesmo tempo, transmitem histórias, tradições, lendas e crenças para um público de todas as idades, inclusive o escolar, a quem é oferecida uma proposta pedagógica.
A circulação da exposição, que se inicia no MIS, em São Paulo, e depois percorre ainda duas cidades do Litoral Norte (Ubatuba e Caraguatatuba) é viabilizada por meio do ProAC (Programa de Ação Cultural) da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo. O projeto ainda prevê, no futuro, a publicação de um livro.
Com o intuito de compartilhar o acervo para mais pessoas, as imagens estão disponíveis para pesquisa e acesso online no Instagram do projeto: @ilhabela_1900_1980_villa_bella.
SERVIÇO
Exposição Villa Bella – Memória iconográfica de uma bela Ilha (Ilhabela – 1900-1980)
Organizadora: Maristela Colucci
Local: MIS - Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158 - Jd. Europa – São Paulo-SP
www.mis-sp.org.br
Abertura: 26 de março de 2024, das 19h às 21h30
Visita guiada: com Maristela Colucci e Camila Prado no dia da abertura, às 18h30
Visitação: de 27 de março a 30 de abril de 2024
Terças a sextas, das 10h às 19h
Sábados, das 10h às 20h
Domingos e feriados, das 10h às 18h
(permanência até 1h após o último horário)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: Livre