Um dos motivos da explosão da violência em cidades do Vale Histórico, do Vale da Fé e do Litoral Norte nos últimos anos é o impacto da disputa por território entre facções criminosas do Rio de Janeiro e o PCC (Primeiro Comando da Capital).

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O governo estadual avalia que a região tornou-se campo de batalha da guerra particular das facções criminosas do Rio que tentam invadir São Paulo, exatamente usando o Vale como “porta de entrada”.

Por sua vez, o PCC reage para defender o “seu” território, aumentando a violência na região, que é a “casa” da facção criminosa paulista,  criada em 1993 na Casa de Custódia de Taubaté.

Os números mostram que a guerra no crime organizado impactou negativamente cidades da região anteriormente pacíficas, e que hoje estão no topo da violência no estado.

Oito cidades do Vale Histórico e do Vale da Fé terminaram o ano passado com 96 vítimas de homicídio, 30% do total dos 316 crimes registrados na região – esses municípios têm 15% dos habitantes do Vale. Tal grupo é liderado por Cruzeiro (28) mortes, Lorena (27) e Guaratinguetá (23).

Em contraposição, as três maiores cidades do Vale, que já estiveram entre as mais violentas, acumularam 98 vítimas de homicídio, 31% do total do Vale mesmo tendo 49,8% da população regional.