As principais queixas foram falta de profissionais capacitados na rede municipal de saúde, principalmente neurologistas, o que causa demora na obtenção de laudo médico, e na educação, por qualificação e carga horária insuficiente dos profissionais de apoio escolar.

Relataram também dificuldade de conseguir medicamentos, transporte especial e aulas de esporte adaptado. Cobraram ainda atendimento adequado a cada faixa etária, da infância à adolescência e na fase adulta.

Em outras reuniões e eventos, os integrantes da Frente debateram a retomada da equoterapia, validade indeterminada do laudo médico e a lei que introduz as rodas de conversa nas escolas, além de uma palestra sobre os desafios de conciliar papéis sociais femininos no caso das mães de crianças com o transtorno de desenvolvimento.

Em junho, os vereadores visitaram o novo prédio do GAIA - Grupo de Apoio ao Indivíduo Autista, localizado no Urbanova. Em 4 mil m² de área construída, funcionam salas sensoriais e 21 consultórios montados com doações de empresas e pessoas físicas. Por meio de convênio com a secretaria municipal de Saúde, o GAIA passou a atender 150 crianças autistas de 0 a 6 anos mediante encaminhamento médico via UBS. O convênio abrange 4 horas semanais de abordagem multidisciplinar por cerca de 18 meses e assistente social e psicólogo para suporte aos pais ou responsável pela criança (2 horas por semana).

Os vereadores Fernando Petiti (MDB), Marcão da Academia (PSD) e Dulce Rita (PSDB) estiveram no aeroporto de São José dos Campos em agosto e entregaram um ofício ao presidente do conselho administrativo da concessionária SJK Airport, empresa que administra o aeroporto, Eduardo Valle, pedindo a implantação de uma sala multissensorial, conhecida como “calm zone”.

O TEA é um distúrbio que afeta a capacidade de interação social. Ambientes com muita movimentação, luzes e barulho, como saguões e centros comerciais, podem causar estresse. Esses espaços inclusivos funcionam como um refúgio de calma, descanso e conforto.