HABITAÇÃO

‘O embrião é o começo do processo, depois vem muito mais’, diz a Ocupação Mandela

Coletivo de famílias de área ocupada em Campinas reuniu-se no novo loteamento neste domingo e prometeu lutar pela melhoria do espaço

Por Xandu Alves | 10/07/2023 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Divulgação

Famílias reunidas no novo loteamento, em Campinas
Famílias reunidas no novo loteamento, em Campinas

O coletivo de famílias da Ocupação Mandela organizou na manhã deste domingo (9), na área do futuro Residencial Mandela, em Campinas, um ato de defesa do direito à moradia para os que irão morar no novo loteamento, cujas casas embriões têm 15 m².

Na última quinta-feira (6), após a repercussão negativa em todo o país provocada pela série de reportagens de OVALE sobre as casas de 15 m², que descumprem diretrizes da ONU (Organização das Nações Unidas), a Prefeitura de Campinas anunciou financiamento para a ampliação das casas embriões.

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Neste domingo, após um café da manhã com os participantes no terreno do novo loteamento, lideranças da Ocupação Mandela garantiram que irão continuar lutando pela melhoria do residencial, que vai abrigar 116 famílias e mais de 450 pessoas.

“Vamos garantir ainda muito mais. Só a luta muda a vida. O embrião é o começo do processo, depois vem muito mais”, apontou o movimento.

A educadora e cabeleireira Thamy Lee, coordenadora da Ocupação Mandela, destacou que a polêmica envolvendo as casas de 15 m² reverberou no governo federal, com líderes do movimento reunindo-se com ministérios e secretarias do governo Lula, em Brasília.

“Conversamos com ministérios e secretariados e hoje estamos com essas propostas. Mandela foi atrás, em busca de novas possibilidades, e Brasília entra nessa dimensão”, afirmou Thamy Lee.

“A vitória do Mandela é mostrar que a luta organizada dá resultado e que teremos que continuar a luta. Nesse momento tem família sofrendo reintegração de posse”, disse o advogado Alexandre Mandl, integrante da Renap (Rede Nacional de Advogados e Advogadas Populares) e defensor do movimento.

Ele explicou às famílias os detalhes da proposta da prefeitura de financiar a ampliação dos imóveis, juntamente com o pagamento que cada ocupante fará do seu lote e da sua casa embrião. A parcela de R$ 132 por ambos deverá ser acrescida de mais R$ 213 para contemplar o aumento da casa de 15 m².

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Mandl também comentou a polêmica das casas embriões que tornou-se nacional após a série de reportagens de OVALE.

“Toda a polêmica nacionalizou a luta e teve articulação das brigadas com o governo federal. Na audiência ocorrida há duas semanas e meia, foi apresentada a proposta de que a prefeitura conseguiria fazer o financiamento para ampliar”, disse o advogado.

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