A perícia médica realizada pela Polícia Federal concluiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é portador de hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia para tratamento. O laudo foi elaborado pelo Instituto Nacional de Criminalística e encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da execução penal.
Leia mais: Exame confirma hérnias em Bolsonaro e defesa pede cirurgia
Segundo os peritos, houve piora progressiva do quadro clínico, possivelmente relacionada ao aumento da pressão intra-abdominal provocado por crises frequentes de soluços e tosse crônica. Exames de imagem e avaliação física confirmaram o diagnóstico após a evolução do quadro ao longo dos últimos meses.
De acordo com o relatório, exames realizados em agosto não indicavam hérnia, mas avaliações clínicas posteriores passaram a apontar o problema, a princípio, unilateralmente. A confirmação de hérnia inguinal bilateral se deu após ultrassonografia feita em dezembro e novo exame físico da junta médica.
Apesar da indicação cirúrgica, os especialistas afirmam que o procedimento deve ser realizado em caráter eletivo, sem urgência ou emergência. O documento destaca que não houve, até o momento da perícia, sinais de encarceramento ou estrangulamento das hérnias.
A junta médica também analisou os soluços persistentes relatados por Bolsonaro, considerados fator agravante do quadro. Os peritos avaliam como tecnicamente adequada a possibilidade de bloqueio do nervo frênico, procedimento sugerido pela equipe médica assistente, diante da falha de tratamentos anteriores e do impacto no sono e na alimentação do ex-presidente.
Bolsonaro cumpre pena numa sala de Estado-Maior na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, enquanto o STF analisa os próximos encaminhamentos relacionados à sua condição de saúde.
*Com informações do G1