O governo confirmou nesta quarta-feira (10) que o salário mínimo passará a ser de R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026, um aumento de R$ 103 em relação aos atuais R$ 1.518. O reajuste será aplicado no pagamento referente a fevereiro. O Projeto da Lei Orçamentária de 2026, enviado em agosto ao Congresso, previa mínimo de R$ 1.631, R$ 1 mais alto que o valor de R$ 1.630 proposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
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O cálculo segue a regra vigente, que soma a inflação acumulada em 12 meses pelo INPC - 4,4%, segundo o IBGE - e o crescimento real do PIB de dois anos antes. Para 2026, o PIB de 2024 cresceu 3,4%, mas a lei aprovada no ano passado limita o ganho real a 2,5%.
O novo piso impacta diretamente 59,9 milhões de brasileiros, entre trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais vinculados ao mínimo. Também aumenta as despesas públicas: cada R$ 1 acrescentado ao salário mínimo gera custo de cerca de R$ 420 milhões por ano. Assim, o reajuste de R$ 103 deve elevar os gastos obrigatórios em aproximadamente R$ 43,2 bilhões em 2026.
Enquanto isso, o Dieese estima que o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.067,18 em novembro, valor 4,6 vezes maior que o piso atual.
*Com informações do G1