O número de acidentes com garis do Distrito Federal voltou a subir, e especialistas apontam o descarte incorreto de canetas injetáveis para emagrecimento como um dos principais motivos. De janeiro a agosto de 2025, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) registrou 98 ocorrências com materiais perfurocortantes, como agulhas, vidros e seringas, quase chegando ao total de 127 casos de todo o ano passado.
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Em entrevista ao SBT News, Andreia Almeida, diretora técnica do SLU, afirmou que “estamos falando de quase 6 mil pessoas expostas a esse risco todos os dias”.
Mesmo usando luvas reforçadas e uniformes resistentes, os garis ainda correm risco, pois objetos perfurocortantes atravessam o tecido. Em caso de acidente, o trabalhador é encaminhado a unidades de saúde para profilaxia contra HIV e hepatites. Almeida alerta que “um simples espeto ou agulha descartado de forma errada pode gerar semanas de medicação e acompanhamento médico”.
O SLU reforça que o descarte correto desses materiais é indispensável:
- Vidros quebrados: em caixas de papelão ou embrulhados em jornal;
- Garfos, espetos, agulhas e canetas injetáveis: em garrafas PET bem fechadas;
- Tampas de latas: pressionadas para dentro;
- Algodões e gazes com sangue: em sacos plásticos separados;
- Seringas e medicamentos injetáveis: entregues nas UBS para recolhimento conforme normas da Anvisa.