O Conselho Municipal do Idoso de Campinas (CMI) aprovou a destinação de R$ 1,7 milhão do Fundo Municipal da Pessoa Idosa (FMPIC) para implantar dois Serviços de Acolhimento Institucional na modalidade Casa Lar. A medida foi oficializada pela Resolução CMI nº 52/2025, publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (13), e as unidades devem começar a funcionar no próximo ano.

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O objetivo é garantir proteção e dignidade a pessoas com mais de 60 anos em situação de abandono, violência, negligência, rompimento de vínculos familiares ou sem condições de autossustento. As Casas Lar terão capacidade para até dez moradores por unidade, instaladas em bairros comuns e sem identificação externa, com foco no convívio comunitário e respeito à individualidade, assegurando segurança e cuidado contínuo.

Segundo a secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, Vandecleya Moro, trata-se de “uma conquista significativa para a cidade”, que representa um avanço no cuidado e oferece um ambiente mais próximo do familiar. A presidente do CMI, Karla de Castro Borghi, destacou que é “uma alternativa mais acolhedora e humanizada” para idosos que ainda mantêm algum grau de autonomia.

O modelo também reorganiza o sistema de acolhimento, permitindo que as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) concentrem-se em casos de maior dependência, otimizando recursos e melhorando a qualidade do atendimento.

Caso grave no Satélite Íris

^{Divulgação/Polícia Civil}

O anúncio ocorre dias após um caso que expôs a vulnerabilidade da população idosa na cidade. Na segunda-feira (11), uma idosa de 64 anos foi resgatada pela Guarda Municipal e Polícia Civil no bairro Cidade Satélite Íris, vivendo em um cômodo sem água, energia ou alimentos. Segundo a investigação, ela foi levada ao local pela neta após frete de R$ 300 e vinha sobrevivendo com ajuda de vizinhos. O caso foi registrado como crime previsto no artigo 99 do Estatuto do Idoso e está sob investigação.